Na manhã desta segunda-feira, 27 de janeiro de 2025, um leilão definiu a venda do Terminal Portuário de Porto Murtinho, localizado às margens do Rio Paraguai, pelo valor de R$ 30.515.000. A disputa acirrada contou com 92 lances e foi realizada na plataforma www.reginaaudeleiloes.com.br . O valor final representa um ágio superior a 83% em relação ao lance inicial de R$ 16.665.000, fixado pela Secretaria de Estado de Administração de Mato Grosso do Sul (SAD/MS).
A empresa vencedora, identificada como “PORTO.CO”, participou do leilão junto a outras empresas credenciadas. Não houve solicitações de recurso dentro do prazo estabelecido pelo edital. O Diário Oficial do Estado publicará o resultado do leilão. Após essa etapa, as autoridades emitirão um Documento de Arrecadação do Estado de Mato Grosso do Sul (DAEMS) para pagamento.
Estrutura e potencial do terminal
O terminal possui uma área total de 47.368,81 m² e inclui uma ampla estrutura para operações logísticas, como um galpão industrial misto de 3.783 m², balança rodoviária, tulha, guarita, via de acesso, compressores e equipamentos para descarga e aeração. Um diferencial importante é o rodoanel asfaltado que permite o tráfego de cargas sem passar pela área urbana, facilitando a logística.
A venda do terminal é vista como um impulso para a economia local. Especialmente em um contexto onde as movimentações em torno da Rota Bioceânica têm trazido novas oportunidades para Porto Murtinho. A construção da ponte sobre o Rio Paraguai, que liga Murtinho a Carmelo Peralta no Paraguai, também contribui para o desenvolvimento da região e pode aumentar a movimentação comercial.
Perspectivas futuras
Com a aquisição do terminal, espera-se que a nova gestão implemente melhorias que potencializem sua operação multimodal, integrando transporte rodoviário e hidroviário. Essa integração é crucial para facilitar a exportação de produtos brasileiros, como soja, milho e carne, reduzindo custos e prazos de entrega.
A arrematação do Terminal Portuário de Porto Murtinho por R$ 30,5 milhões não apenas representa um investimento significativo na infraestrutura logística do Brasil. Mas também sinaliza um futuro promissor para a região em termos de desenvolvimento econômico e comercial. A expectativa é que essa transação traga benefícios tanto para os produtores locais quanto para o comércio internacional.
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