Já não é mais novidade o retorno do lobo terrível usando clonagem, pois a informação saiu em todos os principais sites do muindo. Três filhotes do predador extinto – batizados de Romulus, Remus e Khaleesi – nasceram em um santuário secreto nos EUA graças à engenharia genética. A iniciativa, liderada pela startup Colossal Biosciences, marca o primeiro sucesso mundial na “desextinção” de um mamífero, reacendendo debates sobre ética, conservação e o futuro da biodiversidade.
Por que a volta do lobo terrível importa?
- Conservação: a técnica usada pode salvar espécies à beira da extinção, como o lobo-vermelho, ao restaurar diversidade genética.
- Biodiversidade: o Centro para a Diversidade Biológica alerta que 30% da vida selvagem pode desaparecer até 2050.
- Tecnologia: CRISPR e DNA fóssil abrem portas para projetos ousados, como reviver o mamute-lanudo e o tilacino.
Como o lobo terrível foi recriado?
DNA ancestral: cientistas reconstruíram 91% do genoma usando fósseis de 72 mil anos encontrados em Idaho (EUA).
Edição genética: genes do lobo-cinzento foram ajustados para replicar traços do lobo terrível, como mandíbulas poderosas e porte robusto.
Mães de aluguel: embriões editados foram implantados em cadelas de grande porte. Os primeiros filhotes nasceram por cesárea em outubro de 2023.
Lobo terrível vs. lobo-cinzento: qual a diferença?
Tamanho: aos 6 meses, os filhotes já pesam 36 kg e medem 1,2 m. Adultos, podem atingir 1,8 m e 68 kg – 50% maiores que lobos modernos.
Anatomia: crânio largo, ombros musculosos e pelagem branca, traços identificados em DNA fóssil.
Comportamento: evitam humanos e não respondem a afeto. “Não são animais domésticos”, alerta Paige McNickle, cuidadora dos filhotes.
Desafios e polêmicas
Os lobos “ressuscitados” são híbridos genéticos, não cópias fiéis dos originais. A edição focou em 20 genes ligados a características físicas, mas comportamentos selvagens surgiram naturalmente. Críticos questionam os riscos ecológicos. Soltá-los na natureza poderia desequilibrar ecossistemas. Além das limitações técnicas: o DNA antigo está fragmentado, exigindo “preenchimentos” com genes modernos.
George R. R. Martin, autor de “Game of Thrones”, celebrou: “O lobo terrível não é só um símbolo da fantasia. Ele moldou ecossistemas reais por milênios”.
Próximos passos do projeto
Monitoramento contínuo: os filhotes vivem em um santuário de 800 hectares, sob vigilância 24h.
Parcerias indígenas: a Nação Mandan, Hidatsa e Arikara estuda abrigar lobos terríveis em suas terras.
Futuro da “desextinção”: a Colossal já planeja reviver o mamute-lanudo, usando lições aprendidas com este projeto.
Beth Shapiro, líder científica da Colossal, disse à TIME: “Se queremos um futuro com humanos e biodiversidade, precisamos corrigir nossos erros passados com inovação”.
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