A colheita da safra 2024/25 de soja está próxima do fim e aumenta a oferta do grão no mercado nacional. Com isso, o ritmo de negociações no Brasil se intensificou nas últimas semanas, segundo pesquisadores do Cepea.
Apesar do avanço, a liquidez poderia ser ainda maior. Ao mesmo tempo, a queda nos prêmios de exportação e a volatilidade cambial limitaram os negócios no mercado físico. Ainda assim, os preços da soja seguem firmes na maioria das regiões brasileiras. No campo, as atividades estão na reta final. De acordo com a Conab, até 12 de abril, 88,3% da área plantada havia sido colhida. Em resumo, o índice supera os 83,2% registrados no mesmo período do ano passado e a média de cinco anos, que é de 87,4%.
Pressão dos compradores derruba preço do milho no mercado interno
O preço do milho voltou a cair no Brasil, refletindo a postura mais cautelosa dos compradores. Segundo o Cepea, parte dos demandantes decidiu consumir os estoques e esperar novas quedas no spot.
Mesmo os compradores ativos negociaram com preços menores. Os vendedores, por sua vez, demonstraram flexibilidade nos valores e prazos, priorizando os trabalhos no campo. No cenário climático, produtores seguem atentos à previsão de chuvas. Em geral, o retorno das precipitações pode amenizar os impactos do tempo seco registrado em março, principalmente no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
A semeadura da segunda safra já foi finalizada. Já a colheita da safra de verão avança e atingiu 65,5% da área plantada. O percentual está acima da média dos últimos cinco anos, que é de 60,3%, segundo a Conab.
Feijão: negócios seguem lentos e preços continuam em queda
As negociações com feijão de nota 9 ou superior continuam pontuais no mercado brasileiro, conforme mostra levantamento do Cepea. Mesmo com produtores mantendo preços firmes nos lotes de maior qualidade, os valores seguem em queda. A maior disponibilidade do produto e a demanda retraída mantêm os preços sob pressão. No campo, a colheita da primeira safra está próxima do fim. A Conab afirmou que até 13 de abril, a colheita atingiu 79,2% da área nacional.
As novas estimativas de oferta e demanda divulgadas pela Conab em abril indicam estabilidade na disponibilidade interna de feijão para 2025, com leve queda de 0,9%. Mesmo com redução nas segundas e terceiras safras, a produção da primeira safra deve sustentar a oferta nacional. A produção de feijão preto, por exemplo, deve crescer 20% este ano, reforçando a tendência de queda nos preços.
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