Com a chegada do inverno, a mortalidade de leitões aumenta significativamente, principalmente nos primeiros dias de vida. Quando a temperatura cai para cerca de 10°C, a taxa de mortalidade pode chegar a 31%, enquanto em 25°C fica em torno de 6%.
A médica veterinária da Mig-PLUS, Laura Espíndola Argenti, explica: “A mortalidade no período de maternidade está diretamente associada à baixa ingestão de colostro, que é o principal responsável pela produção de energia e pela manutenção da temperatura corporal dos animais”. Ela destaca que mais de 35% das matrizes suínas não produzem colostro suficiente para cada leitão em leitegadas de 12 animais, e esse índice sobe para 53% em leitegadas maiores. “Os leitões que ingerem menos de 140g de colostro apresentam comprometimento no ganho de peso e a taxa de mortalidade desses animais pode ultrapassar os 40%”, alerta.
Para leitegadas numerosas, Laura recomenda suplementar os leitões mais sensíveis e, em períodos de baixas temperaturas, estender o manejo para 100% dos animais logo após o parto. Ela orienta: “É necessário secar o leitão recém-nascido para garantir menor perda de calor e, em seguida, realizar a suplementação via oral desses animais”.
Após esse manejo inicial, os leitões devem ter livre acesso aos tetos da mãe para mamar o colostro com maior vitalidade. “Suplementar com produtos que forneçam energia e probióticos, antes mesmo de mamarem o colostro da mãe biológica, aumenta consideravelmente as chances de sobrevivência dos leitões”, reforça Laura.
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