O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco da praga quarentenária Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (Ceratobasidium theobromae) no estado do Pará. A infestação ocorreu na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, no extremo norte do município de Almeirim, próximo à fronteira com o Suriname.
Técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) inspecionaram a área em 28 de abril após denúncia. Eles coletaram duas amostras de plantas com sintomas suspeitos na Aldeia Bona, dentro da Terra Indígena do Parque do Tumucumaque. O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA/GO) confirmou a presença da praga nas amostras.
O foco localiza-se em área remota e de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas com vínculo administrativo apenas com o estado do Amapá. A região está longe das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só é acessível por voos fretados.
Plano Emergencial para Prevenção da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca
A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, realiza levantamentos fitossanitários em todo o estado como parte do Plano Emergencial para Prevenção da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. Até o momento, não há registros da praga em áreas comerciais nem interceptação de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização no norte do estado.
O Mapa esclarece que a Vassoura-de-Bruxa da Mandioca não tem relação com a praga do cacaueiro. Embora o fungo não represente risco à saúde humana, ele destrói lavouras de mandioca. E causa ramos secos, deformações, nanismo, brotos fracos, clorose, murcha, seca das folhas e morte das plantas. A doença se espalha principalmente por material vegetal contaminado, ferramentas, solo e água.
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