No primeiro trimestre de 2025, Mato Grosso consolidou sua posição como um dos principais exportadores de carnes do Brasil. As exportações de carne bovina, suína e de aves do estado apresentaram um crescimento significativo tanto em volume quanto em faturamento, impulsionadas por uma estratégia de diversificação de mercados e investimentos em sanidade e logística.
O volume de carnes exportadas aumentou 8,58%, passando de 157,2 mil toneladas no primeiro trimestre de 2024 para 170,7 mil toneladas em 2025. O faturamento saltou 19,3%, de US$ 604,9 milhões para US$ 721,7 milhões no mesmo período.
Os principais destinos das exportações foram China, Estados Unidos, Chile, Rússia e Itália.
Carne bovina: destaque nacional
A carne bovina foi o destaque, com 137 mil toneladas exportadas, gerando US$ 654,7 milhões. Isso representou 20,5% de todas as exportações brasileiras de carne bovina, colocando Mato Grosso em segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo.
As exportações de carne suína cresceram 32%, com 7,8 mil toneladas embarcadas, resultando em US$ 17,9 milhões. A China lidera as compras, seguida por Hong Kong, Filipinas, Vietnã e Singapura.
Carne de aves: Mato Grosso exportou 25,2 mil toneladas de carne de aves, gerando US$ 49 milhões em receita. Isso representa um aumento significativo em relação ao ano anterior, quando foram comercializadas 22,7 mil toneladas (US$ 40,6 milhões). Os principais destinos foram Arábia Saudita, China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
Análise do setor
Para o presidente do Sindifrigo-MT, Paulo Bellincanta, os números refletem a eficiência e a consistência da cadeia da carne no estado. “Esse desempenho confirma a eficiência do nosso setor, que tem se destacado tanto pela qualidade quanto pela regularidade das exportações. A diversificação de mercados é um fator estratégico que garante estabilidade e perspectivas positivas”, avaliou.
Além disso, a organização da cadeia produtiva e a valorização da carne brasileira no mercado global são fatores-chave para o sucesso das exportações. “Do campo à indústria, temos uma cadeia que se modernizou, investe em sanidade e logística, e que hoje compete de igual para igual com grandes players internacionais”, completou Bellincanta.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) destaca que apenas cerca de 30% da produção nacional é destinada ao mercado externo, preservando o abastecimento doméstico e gerando divisas importantes para o país.
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