Os preços do boi gordo, da carne e da reposição seguem firmes em junho. Frigoríficos elevaram os valores pagos por novos lotes. A decisão ocorre porque as escalas de abate continuam curtas, variando de quatro a dez dias.
Desde a semana passada, o mercado de reposição mostra maior liquidez. No entanto, o Cepea destaca que a oferta restrita limita os negócios com boi magro.
No atacado, a carne bovina apresenta recuperação. As vendas estão aquecidas, o que sustenta a valorização dos preços. Ao mesmo tempo, as exportações de carne bovina também avançam. Segundo a Secex, o Brasil faturou R$ 5,8 bilhões entre janeiro e maio de 2025. O valor representa alta de 22% frente ao mesmo período de 2024.
Esse desempenho reflete dois fatores: o volume exportado subiu 10% e os preços médios em dólar aumentaram na mesma proporção.
Exportações de carne suína batem recorde para maio
Apesar da leve queda mensal, as exportações de carne suína atingiram recorde histórico para maio. Os dados da Secex, analisados pelo Cepea, apontam embarque de 117,5 mil toneladas no mês passado.
O volume representa queda de 8,1% frente a abril, mas alta de 13,7% na comparação com maio de 2024. Desde abril do ano passado, o Brasil exporta mais de 100 mil toneladas por mês. Ou seja, o desempenho consolida uma nova marca para o setor nacional.
No mercado interno, os preços da carne suína e do animal vivo caíram no fim de maio. No entanto, reagiram entre os dias 3 e 10 de junho, segundo o Cepea.
A recuperação das cotações reflete o aumento da demanda. Em junho, o poder de compra da população tende a crescer, favorecendo o consumo de proteína.
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