O Governo de Minas anunciou, neste sábado (17), o descarte de 450 toneladas de ovos férteis por risco de contaminação com gripe aviária. A medida preventiva foi divulgada após reunião emergencial entre a Secretaria de Agricultura (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
O lote, que estava no Centro-Oeste de Minas, veio de uma granja comercial de Montenegro (RS), onde o Ministério da Agricultura confirmou a presença do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade na última quinta-feira (15).
Para evitar o avanço da doença, o Estado seguiu o Plano de Contingência da Influenza Aviária, criado em 2022 pela União, estados e setor produtivo. O objetivo é conter e erradicar o vírus, preservando a sanidade e a produtividade do setor avícola.
Rastreamento segue em andamento
Segundo o IMA, os ovos férteis não são destinados ao consumo, mas sim à reprodução de aves. O rastreamento do lote vindo do Rio Grande do Sul continua. Por isso, o governo não descarta novas ações de descarte nos próximos dias.
Desde os primeiros alertas, o Governo de Minas intensificou medidas de prevenção e rastreio. As equipes atuam em parceria com o Ministério da Agricultura e mantêm contato direto com granjas comerciais e criatórios familiares.
Ações incluem biosseguridade e educação sanitária
Além do descarte, o IMA realiza fiscalizações, vistorias e ações de biosseguridade nas propriedades com risco sanitário. As medidas incluem cadastro e inspeção em criatórios de subsistência, além de programas contínuos de educação sanitária.
Somente em 2024, o Estado promoveu mais de 8 mil ações educativas em propriedades com aves. O trabalho integra o Plano Nacional de Vigilância em parceria com o Ministério da Agricultura.
Gripe aviária não oferece risco ao consumo
A gripe aviária leva à morte de aves infectadas, mas não representa risco à população. O vírus não é transmitido pelo consumo de carne ou ovos, conforme reforçaram as autoridades.
Minas Gerais ocupa a segunda posição na produção nacional de ovos e a quinta na criação de galináceos. O Governo de Minas, a Seapa e o IMA garantem transparência total e prometem divulgar novas informações assim que possível.
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