O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou sua mais recente nota oficial reforçando a rápida identificação do primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no município de Montenegro, Rio Grande do Sul. O órgão destaca que as ações imediatas de isolamento, controle e erradicação do foco comprovam a eficiência e robustez do sistema de inspeção sanitária brasileiro, reconhecido internacionalmente.
O foco da doença foi detectado em uma granja comercial, marcando a primeira ocorrência da IAAP na avicultura comercial brasileira – antes, os casos registrados envolviam apenas aves silvestres. Em resposta, o governo federal decretou estado de emergência zoossanitária, isolando uma área de 10 quilômetros ao redor da granja afetada, com possibilidade de ampliação conforme avaliação técnica.
Todas as aves remanescentes foram sacrificadas para conter a disseminação do vírus. A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul investiga possíveis novos casos na região. O Mapa acionou o Plano Nacional de Contingência, comunicou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e parceiros comerciais internacionais, garantindo transparência e alinhamento com protocolos globais.
Impacto nas exportações e defesa da regionalização
A China e a União Europeia anunciaram suspensão temporária de 60 dias nas importações de carne de frango brasileira, conforme previsto em contratos comerciais. O Mapa trabalha para que esses e outros parceiros reconheçam o princípio da regionalização, preconizado pela OMSA, que limita restrições sanitárias à área afetada, minimizando impactos econômicos.
Países como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas já adotam a regionalização para casos de IAAP, restringindo as suspensões a municípios ou regiões específicas. O Brasil, com sua vasta extensão territorial de mais de 8 milhões de km², reforça a importância desse reconhecimento para proteger a cadeia produtiva e as exportações.
O Ministério da Agricultura informou que o consumo de carne de aves e ovos continua seguro, pois a gripe aviária não se transmite pelo consumo desses produtos. O risco de infecção humana é baixo e ocorre principalmente entre profissionais com contato direto e prolongado com aves infectadas.
Nota oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que a identificação rápida de um caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em Montenegro-RS e as ações efetivas para isolamento, controle e erradicação, demonstram a robustez do sistema de inspeção do Brasil.
Reafirmando o compromisso de transparência e de responsabilidade com a qualidade e sanidade dos produtos exportados pelo Brasil, as restrições de exportação seguirão fielmente aos acordos sanitários realizados com nossos parceiros comerciais.
O Mapa tem trabalhado ativamente para que nas negociações de acordos sanitários internacionais os países parceiros reconheçam o princípio de regionalização, preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) – restringindo a exportação aos 10 quilômetros de raio do foco. Contudo há reconhecimentos pelos países de diferentes tipos de regionalização como por município ou por estado.
Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo, que possui dimensões continentais com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, com longas distâncias e deslocamentos, reiteramos a importância de se reconhecer a regionalização para o caso.
Países como o Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas, por exemplo, já aprovaram a regionalização para IAAP. Para respeitar os acordos firmados com a China e a União Europeia, as exportações ficam restritas ao país todo.
O Mapa agradece a contínua confiança no sistema sanitário brasileiro e coloca à disposição todo seu corpo técnico de altíssima competência para esclarecimentos. Portanto, não há restrição generalizada da exportação de produtos de aves do Rio Grande do Sul.
Quando as exigências estão relacionadas à sanidade e à qualidade dos produtos, o Brasil se compromete a seguir rigorosamente os protocolos internacionais estabelecidos, garantindo a segurança e a confiança dos nossos parceiros comerciais.
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