Nos últimos três anos, a mortandade de peixes tem causado prejuízos alarmantes na piscicultura brasileira, impactando principalmente pequenos e médios produtores. Falhas na infraestrutura, mudanças climáticas e poluição hídrica são apontadas como as principais causas desses eventos, que resultaram na morte de milhões de peixes. No entanto, seguros especializados e tecnologias emergentes oferecem novas esperanças para o setor.
Casos recentes, como a perda de 150 mil tilápias em Nova Aurora (PR) devido a uma falha elétrica e a morte de 235 mil peixes no Rio Piracicaba (SP) por despejo de poluentes, evidenciam a vulnerabilidade da atividade. A criação de peixes é uma importante fonte de renda para muitas famílias, e a recorrência desses eventos coloca em risco a sustentabilidade do setor.
Seguros especializados: proteção financeira para o produtor
Pensando em oferecer proteção aos produtores, a Alper Seguros, desenvolveu um seguro exclusivo que cobre o prejuízo causado pela mortalidade de peixes, que pode ter diversos gatilhos. “Sabemos que a criação de peixes depende de equipamentos como bombas e oxigenadores, cujo funcionamento contínuo é crucial. Nosso seguro foi projetado para proteger os criadores de perdas financeiras catastróficas, garantindo a continuidade do negócio em situações de emergência”, afirma André Lins, vice-presidente de agronegócios da Alper Seguros.
Além da cobertura básica para mortalidade, a Alper Seguros oferece outras opções, como o Seguro de Danos, que protege contra danos materiais e prejuízos causados por deslizamentos, desmoronamentos, falta de energia elétrica e falhas elétricas, e o Seguro Agrícola, que garante indenização em caso de morte por doenças, acidentes ou outros imprevistos. Para quem busca uma proteção ainda mais personalizada, o Seguro Paramétrico oferece cobertura baseada em índices específicos, como a taxa de mortalidade.
Tecnologia a favor da piscicultura
Além dos seguros, a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada dos produtores na prevenção da mortandade de peixes. O uso de geradores de energia garante o funcionamento de aeradores e outros sistemas críticos mesmo em casos de apagões. Atualmente, há incentivos e linhas de crédito específicas para produtores que desejam investir em geradores de alta eficiência.
Tecnologias que permitem o monitoramento em tempo real dos níveis de oxigênio, temperatura e pH da água ajudam os produtores a identificar problemas antes que eles se tornem críticos. Além disso, sensores conectados a sistemas de alerta podem notificar os criadores sobre mudanças nos parâmetros, permitindo intervenções rápidas.
Boas práticas de manejo
A adoção de boas práticas de manejo, incluindo a densidade adequada nos tanques e o uso de alimentos de qualidade, também contribui para a saúde dos peixes. Esses cuidados reduzem o estresse nos animais e minimizam a ocorrência de doenças, outro fator comum de mortalidade.
Proteger a produção contra riscos ambientais e estruturais vai além de garantir o lucro do produtor; é também uma questão de segurança alimentar. O Brasil, um dos maiores exportadores de pescado, depende de uma cadeia produtiva sólida e resiliente para atender às demandas do mercado interno e externo. A combinação de seguros especializados, tecnologias inovadoras e práticas de manejo sustentável cria um cenário mais seguro e previsível para os criadores, permitindo que o setor continue a crescer sem as interrupções causadas por eventos inesperados.
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