Grão nutritivo e versátil fortalece a rotação de culturas e melhora o solo na comunidade Jabuti
Foto: Carlos Vieira/Secom

Produtores da comunidade Jabuti, em Bonfim (RR), começarão o cultivo direto de feijão-caupi em uma área de 3 hectares. A ação integra um projeto que já abrange 270 hectares no município. O método reutiliza o mesmo solo usado para o milho verde, sem precisar aplicar novos fertilizantes como calcário e NPK. Técnicos do Iater orientam o plantio, que usa o maquinário para aproveitar os resíduos da safra anterior.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O feijão-caupi, também conhecido como feijão-fradinho, é bastante diferente dos tipos mais comuns, como o feijão-preto e o feijão-carioca. Enquanto estes últimos são ricos em amido e usados no dia a dia, o feijão-caupi se destaca pelo alto teor de proteínas, fibras e vitaminas, além de ser mais resistente a condições de clima seco. Ele se adapta bem ao solo e às variações da região Norte do Brasil, sendo importante para a segurança alimentar.

Na comunidade Jabuti, a expectativa é colher cerca de 120 sacas, beneficiando 22 famílias indígenas da etnia Macuxi. Essa prática melhora a qualidade do solo para as próximas safras, ajuda no controle de pragas e aumenta a produtividade do milho na sequência.

Você também pode gostar:

Agro em Campo: Produtores de soja dos EUA pedem socorro a Trump
+ Agro em Campo: Grupo J&F compra única mina de potássio em operação do Brasil

O projeto de grãos já beneficiou sete comunidades indígenas em Bonfim, incluindo a Jabuti, onde foram cultivados 90 hectares distribuídos em nove polos agrícolas. Anteriormente, a venda do milho que saiu dessas áreas apoiou a manutenção do maquinário local.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A técnica da rotatividade de culturas evita problemas comuns em monoculturas, como o aumento de pragas e doenças. Além do feijão-caupi e do milho, os agricultores também cultivam café, macaxeira e capins, diversificando a produção e garantindo renda.

O aumento da produção do feijão-caupi pode ampliar a oferta na mesa dos consumidores locais. Além do valor nutricional, o grão contribui com sistemas agrícolas mais sustentáveis e resistentes.

Leia mais:
+ Agro em Campo: Produtores de soja dos EUA pedem socorro a Trump

+ Agro em Campo: Salário no agro paranaense supera média nacional em 58%