Controle de resíduos, proibição de queimadas não autorizadas e tecnologia auxiliam na proteção do solo e do meio ambiente
Foto: Divulgação

O risco de queimadas no Brasil aumenta durante o período seco, que normalmente vai até setembro. Este risco varia conforme a região. Em Goiás, o perigo cresce ainda mais por causa do clima tropical com estação seca bem definida.

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Temperaturas elevadas, baixa umidade do ar, ventos fortes, vegetação seca e o acúmulo de material combustível, como palhada e restos culturais, são os principais fatores que favorecem as queimadas.

Diego Braga, consultor de Desenvolvimento de Mercado da Conceito Agrícola, alerta para a necessidade de medidas preventivas. Ele destaca que as queimadas comprometem a produção agrícola, degradam o solo, reduzem a biodiversidade e prejudicam a qualidade do ar.

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“A prevenção é a forma mais segura para proteger a propriedade e o meio ambiente”, afirma Braga.

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Ações

Entre as ações recomendadas estão manter aceiros limpos e bem definidos, proibir queimadas controladas sem autorização técnica e realizar o manejo correto da palhada. É importante armazenar resíduos vegetais adequadamente e evitar atividade de risco em dias críticos, acompanhando o monitoramento climático.

No manejo da palhada, Braga sugere distribuir o material de forma uniforme para evitar acúmulo e favorecer a decomposição natural. A prática da rotação de culturas também ajuda a reduzir o material combustível.

A tecnologia reforça a prevenção. Sistemas via satélite, aplicativos de alerta, drones e sensores de umidade do solo e do ar auxiliam na identificação de áreas vulneráveis. Assim, os produtores tomam decisões mais assertivas para evitar incêndios.

Em 2024, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que as queimadas causaram prejuízos de R$ 14,7 bilhões à agropecuária, afetando 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais.

“Com planejamento e tecnologia, é possível reduzir muito os riscos e os impactos das queimadas”, destaca Braga.

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