Os preços do trigo seguem em queda no mercado brasileiro, segundo levantamento do Cepea. A oferta nacional amplia a pressão sobre as cotações e mantém o mercado enfraquecido. Além disso, os analistas destacam que a boa expectativa para a produtividade desta safra reforça esse movimento.

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Ao mesmo tempo, o Cepea aponta que a desvalorização do dólar aumenta a competitividade do trigo importado. Por isso, os compradores tentam negociar o produto nacional com valores ainda menores. Esse comportamento mostra a preferência do mercado por alternativas mais baratas, o que reduz o espaço para altas.

No cenário global, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e alcançar o recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo o USDA. Esse avanço indica uma oferta ampla e consistente no mercado internacional.

A Argentina também ampliou sua estimativa. A Bolsa de Cereales elevou a projeção para 24 milhões de toneladas, outro recorde histórico. O Cepea afirma que a maior disponibilidade argentina pode elevar as importações brasileiras, já que os preços costumam ser competitivos.

Os pesquisadores destacam que esse quadro global pressiona as cotações internacionais e, consequentemente, os valores praticados no Brasil. Assim, a tendência de baixa permanece enquanto a oferta seguir elevada dentro e fora do país.

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