Resumo da notícia
- O agronegócio brasileiro exportou US$ 13,4 bilhões em novembro de 2025, alta de 6,2%, e acumulou US$ 155,25 bilhões em 11 meses, reforçando sua importância para a economia nacional.
- China, UE e EUA são os principais mercados, com destaque para crescimento em mercados emergentes como Índia e México, evidenciando diversificação geográfica nas exportações.
- Produtos como carne bovina, café verde e soja bateram recordes históricos em valor e volume, enquanto a abertura de novos mercados, como Indonésia e Filipinas, impulsiona exportações de miúdos e outros produtos.
O agronegócio brasileiro consolidou sua posição como principal motor das exportações nacionais ao registrar US$ 13,4 bilhões em vendas externas durante novembro de 2025, representando crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números colocam o mês como o segundo melhor novembro da série histórica do setor.
No acumulado de janeiro a novembro, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram marca inédita de US$ 155,25 bilhões, superando em 1,7% o desempenho do mesmo período de 2024. O resultado reafirma a relevância estratégica do setor para a economia nacional, respondendo por quase metade das vendas externas do país.
Expansão internacional impulsiona resultados
A China mantém-se como principal destino dos produtos agropecuários brasileiros, com US$ 52,02 bilhões importados no período (+10%). A União Europeia aparece em segundo lugar, com US$ 22,89 bilhões (+5,4%), seguida pelos Estados Unidos, que registraram US$ 10,48 bilhões (-4%).
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Mercados emergentes demonstram crescimento expressivo: a Índia ampliou suas compras em 11%, atingindo US$ 3,02 bilhões, enquanto o México aumentou as importações em 8,5%, somando US$ 3 bilhões. A diversificação geográfica revela estratégia consistente de expansão do agronegócio brasileiro em diferentes regiões.
Recordes históricos em produtos estratégicos
Novembro destacou-se pelos recordes em categorias fundamentais. A carne bovina liderou com US$ 1,75 bilhão (+51,8%) e volume recorde de 318 mil toneladas exportadas para o mês. No acumulado anual, foram 3,15 milhões de toneladas embarcadas (+18,3%), gerando receita de US$ 16,18 bilhões (+37,5%).
O café verde registrou US$ 1,5 bilhão em exportações (+9,1%), também estabelecendo novo recorde em valor. A soja em grãos alcançou US$ 1,83 bilhão (+64,6%), impulsionada pelo aumento de 6,5% no volume embarcado.
Produtos como celulose (US$ 939,2 milhões, +8,6%) e algodão (US$ 640,1 milhões, +18,6%) bateram recordes simultâneos de valor e volume. O gergelim surpreendeu com crescimento de 47,7% em quantidade exportada, totalizando 72,3 mil toneladas.
Abertura de mercados amplia oportunidades
As miudezas bovinas exemplificam o impacto positivo das aberturas de mercado conquistadas em 2025. A Indonésia, após habilitar 17 novas plantas frigoríficas e autorizar importações de carne com osso e miúdos, aumentou suas compras em 579%. As Filipinas, com abertura similar, elevaram as importações em 35%.
Desde 2023, foram conquistados 500 novos mercados para produtos do agronegócio brasileiro. Iniciativas como AgroInsight e Caravana do Agro Exportador aproximam produtores de oportunidades internacionais, tendo identificado mais de 800 possibilidades comerciais em 38 países.
Feijões e pulses beneficiam-se de aberturas recentes na Rússia, Líbano, Costa Rica, Peru, China, Coreia do Sul, Malásia e África do Sul, registrando crescimento consistente nas exportações.
Resultados sustentados por volume e estratégia
O desempenho das exportações manteve-se positivo mesmo diante de preços internacionais moderados, demonstrando a competitividade do agronegócio brasileiro baseada em ganhos de produtividade e eficiência. O aumento de 6,5% no volume embarcado em novembro comprova a capacidade do setor em expandir sua presença global.
As vendas externas continuam cumprindo papel estratégico ao complementar o mercado interno, ampliar escala produtiva, fortalecer cadeias, gerar empregos e estimular investimentos em todas as regiões do Brasil. Os números recordes de 2025 refletem esforço coordenado entre setor produtivo e governo para diversificar destinos e produtos exportados.