Resumo da notícia
- O agronegócio brasileiro faturou US$ 14,29 bilhões em exportações em agosto de 2025, com crescimento de 1,5% em volume, compensando a queda de 3,4% nos preços internacionais. Soja, carne bovina e milho lideraram as vendas.
- Produtos alternativos bateram recordes históricos, com destaque para o óleo de amendoim, que cresceu 358% em volume, e o sebo bovino, sementes oleaginosas e feijões, que também registraram aumentos significativos nas exportações.
- A China manteve-se como maior importadora, com US$ 5,12 bilhões em compras, alta de 32,9%. A União Europeia, México e Egito também ampliaram suas compras, impulsionadas principalmente por carnes e milho.
- O Ministério da Agricultura acelerou a abertura de mercados, habilitando 22 novos destinos em agosto de 2025, ampliando o total de países autorizados de 58 para 72 em um ano, fortalecendo a diversificação das exportações.
O agronegócio brasileiro faturou US$ 14,29 bilhões com exportações em agosto de 2025. O valor representa crescimento de 1,5% sobre o mesmo período de 2024. O setor embarcou 5,1% mais produtos para o exterior, o que compensou a queda de 3,4% nos preços médios internacionais.
Três commodities comandaram o crescimento das vendas externas. A soja liderou os embarques com 9,3 milhões de toneladas, alta de 16,2% sobre agosto do ano passado. O produto gerou US$ 3,88 bilhões em receitas, crescimento de 11%.
A carne bovina movimentou 268 mil toneladas, expansão de 23,5% na comparação anual. As vendas do produto somaram US$ 1,5 bilhão, salto de 56%.
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O milho completou o trio de líderes com 6,8 milhões de toneladas exportadas. O volume cresceu 12,9% e faturou US$ 1,36 bilhão, alta de 17%.
Produtos alternativos batem recordes históricos
O Ministério da Agricultura diversifica a pauta exportadora e abre novos mercados. A estratégia gerou recordes históricos em cinco produtos durante agosto.
O sebo bovino alcançou 64,7 mil toneladas exportadas, crescimento de 17,2%. As vendas totalizaram US$ 74,1 milhões, expansão de 36,4%. Ambos os números representam os maiores valores já registrados para o mês.
As sementes oleaginosas atingiram 68,5 mil toneladas embarcadas, alta de 10%. O faturamento chegou a US$ 71,3 milhões, crescimento de 16,5%. Os dois indicadores também bateram recordes mensais.
Os feijões somaram 58,4 mil toneladas exportadas, expansão de 29%. A receita alcançou US$ 49,5 milhões, alta de 27,5%. As rações para animais domésticos faturaram US$ 35,9 milhões, crescimento de 22,6% sobre 2024.
O óleo de amendoim registrou o desempenho mais impressionante. O produto saltou de 2,9 mil toneladas em agosto de 2024 para 13,3 mil toneladas em 2025. O crescimento de 358% gerou receita de US$ 20 milhões, alta de 573,4%.
China lidera compras e novos mercados se expandem
A China permanece como maior compradora de produtos agropecuários brasileiros. O país asiático importou US$ 5,12 bilhões em agosto, crescimento de 32,9% sobre 2024. O valor representa 35,8% de todas as exportações do setor.
A União Europeia ocupa a segunda posição com US$ 1,9 bilhão em compras. O México aparece como terceiro maior parceiro comercial na América Latina, com US$ 339 milhões importados. O país quase dobrou as compras do Brasil, com alta de 91,9% puxada principalmente pelas carnes.
O Egito aumentou as importações em 14% e chegou a US$ 342 milhões. O milho impulsionou o crescimento das vendas para o país africano. Outros mercados asiáticos também expandiram. A Índia elevou as compras em 37,3% e a Tailândia registrou alta de 9,5%.
Estratégia de abertura comercial acelera
O Ministério da Agricultura intensifica a abertura de novos mercados. A pasta habilitou 22 novos destinos apenas em agosto de 2025. O número total de mercados autorizados saltou de 58 para 72 entre agosto de 2024 e 2025.
A expansão resulta de 55 missões internacionais de negociação realizadas em 2025. As viagens ampliaram o acesso para diferentes cadeias produtivas. A estratégia consolida o Brasil como potência mundial no agronegócio e reduz a dependência de mercados tradicionais.