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    Alerta ambiental: estudo revela impacto de bactericida comum em lambari

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte19/02/2025
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    lambari
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    Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Unicamp e da Embrapa Meio Ambiente acende um alerta sobre a toxicidade do Triclosan, um bactericida amplamente utilizado em produtos de higiene pessoal, em uma espécie nativa de peixe brasileiro: o lambari-do-rabo-amarelo. A pesquisa revelou que o composto causa danos severos e irreversíveis em diferentes fases de desenvolvimento do peixe, mesmo em baixas concentrações.

    O Triclosan, presente em sabonetes, cremes dentais e desodorantes, é um “poluente emergente” que tem se mostrado resistente aos tratamentos de esgoto convencionais, acumulando-se em ambientes aquáticos e representando um risco para a vida aquática e, potencialmente, para a saúde humana através da bioacumulação na cadeia alimentar.

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    Os ensaios realizados com o lambari-do-rabo-amarelo revelaram resultados alarmantes:

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    • Larvas: Danos severos e irreversíveis, afetando principalmente a coluna vertebral, o coração e a pigmentação.
    • Peixes Adultos: Alterações neurológicas graves, incluindo ataxia (falta de coordenação), distonia (contrações musculares involuntárias) e paralisia, que em muitos casos levaram à morte, mesmo com baixa exposição ao Triclosan.

    “As alterações nos peixes adultos foram principalmente ligadas ao sistema neurológico… alguns indivíduos foram a óbito, apesar de todos os animais serem expostos a concentrações consideradas baixas”, explica José Henrique Vallin, da Embrapa Meio Ambiente.

    Biomarcadores e a saúde aquática

    A pesquisa destaca a importância de estudar a resposta fisiológica dos peixes à exposição a poluentes emergentes, utilizando “biomarcadores” – características biológicas mensuráveis que indicam a qualidade do ambiente aquático. Esses estudos são cruciais tanto para a preservação ambiental quanto para o setor produtivo.

    Juliana Gil, em sua dissertação de mestrado, aponta que o Triclosan se acumula no ambiente aquático, aumentando o risco de gerar subprodutos ainda mais tóxicos. Essa bioacumulação pode impactar a saúde humana, à medida que esses compostos são transferidos ao longo da cadeia alimentar.

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    O estudo reforça a necessidade de um maior controle e monitoramento sobre o uso e descarte de produtos químicos. Especialmente os “poluentes emergentes” como o Triclosan, que muitas vezes não possuem valores de concentrações máximas permissíveis definidos na legislação.

    “Muitos poluentes emergentes, como o Triclosan, carecem de valores de concentrações máximas permissíveis nos corpos d’água, de modo a serem regulamentados pela legislação vigente”, afirma Claudio Jonsson, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.

    Ecotoxicologia e o gerenciamento de riscos

    A Ecotoxicologia, que investiga os efeitos de substâncias químicas sobre organismos vivos e seus habitats, desempenha um papel fundamental na compreensão dos impactos desses poluentes. Ela fornece dados essenciais para o desenvolvimento de normas ambientais e para o gerenciamento de riscos ecológicos.

    O aumento do consumo e descarte inadequado de produtos químicos representa um desafio crescente. Pois muitas estações de tratamento de esgoto (ETEs) não possuem tecnologia para remover compostos como o Triclosan. Assim, tornando os ecossistemas aquáticos um destino contínuo desses poluentes.

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    Diante da crescente presença de compostos como o Triclosan em ecossistemas aquáticos e seus efeitos ainda pouco compreendidos, o estudo faz um apelo urgente para:

    • Regulamentação e monitoramento mais rigorosos desses compostos.
    • Pesquisas contínuas a longo prazo para mensurar os impactos negativos que tais produtos podem ocasionar ao meio ambiente e à saúde humana.

    A pesquisa envolveu pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente e do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da Unicamp. E demonstra, assim, a importância da colaboração científica para enfrentar os desafios ambientais complexos.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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