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    Amazônia ganha centro para recuperação de áreas desmatadas e degradadas

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte04/06/2025
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    Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa
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    A Amazônia Legal acaba de receber um centro inovador dedicado à recuperação de áreas desmatadas e degradadas. Coordenado pela Embrapa, o Centro Avançado em Pesquisas Socioecológicas para a Recuperação Ambiental da Amazônia (Capoeira) reúne mais de 100 pesquisadores de 33 instituições nacionais e internacionais, incluindo universidades, órgãos governamentais, ONGs, empresas privadas e comunidades locais.

    Com um investimento de R$ 14 milhões, o projeto foi aprovado pelo CNPq no âmbito do programa Pró-Amazônia, que visa fomentar pesquisas estratégicas para o desenvolvimento sustentável da região.

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    O Capoeira terá um hub na Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, e atuará de forma virtual, integrando laboratórios e grupos de pesquisa em estudos socioeconômicos, ecológicos e bioculturais.

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    Fragmentos de floresta em plantações de soja no município de Belterra.
    Foto Marizilda Cruppe/Divulgação

    Segundo Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa e coordenadora do centro, o objetivo vai além da produção científica: “Queremos articular uma transformação positiva na região, substituindo a cultura da destruição pela da restauração.”

    Amazônia em crise: desmatamento e degradação

    A Amazônia já perdeu 18% de sua cobertura original (846 mil km²), área equivalente a quase todo o estado de Mato Grosso, segundo dados do Inpe. Além disso, 370 mil km² (mais que o território da Alemanha) sofrem com degradação por incêndios, extração ilegal de madeira e fragmentação florestal.

    Esses distúrbios causam:

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    • Emissões massivas de gases de efeito estufa
    • Perda de biodiversidade
    • Alterações no regime de chuvas
    • Aumento de conflitos socioambientais

    Estratégias de restauração em foco

    Os pesquisadores analisarão dados de mais de 100 áreas de estudo na Amazônia Legal, incluindo:

    • Florestas secundárias
    • Áreas degradadas
    • Sistemas Agroflorestais (SAFs)
    • Recuperação de sistemas aquáticos

    As técnicas avaliadas incluem:

    • Regeneração natural
    • Regeneração assistida (plantio de espécies nativas)
    • Plantio total (em áreas sem cobertura vegetal)

    Os SAFs são a estratégia mais estudada (37,88%), combinando produção agrícola e recuperação ambiental.

    Laboratórios vivos

    O projeto inclui “living labs” (laboratórios vivos) em três regiões estratégicas:

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    • Santarém (PA) – Floresta Nacional do Tapajós e Resex Tapajós-Arapiuns
    • Mosaico do Gurupi (PA/MA) – Unidades de Conservação e Terras Indígenas
    • Nordeste Paraense – Municípios como Bragança, Paragominas e Tomé-Açu

    Esses espaços promoverão troca de conhecimentos entre cientistas e comunidades locais, fortalecendo ações de restauração biocultural.

    Restauração como solução para as mudanças climáticas

    O Brasil assumiu no Acordo de Paris o compromisso de recuperar 12 milhões de hectares até 2030, sendo 38% na Amazônia. A COP 30, que ocorrerá em Belém em 2025, deve ampliar o debate sobre o tema.

    “A restauração florestal é crucial para reduzir emissões e combater as mudanças climáticas”, afirma Joice Ferreira.

    Um levantamento da Aliança pela Restauração (2020) identificou 2.773 iniciativas de recuperação na Amazônia, cobrindo 113,5 mil hectares. A maioria (59%) são SAFs, seguidos por plantio de mudas (26%).

    “Laboratórios vivos” vão promover trocas de experiências e conhecimentos em três territórios amazônicos. Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa

    Apesar de avanços em políticas como o Planaveg, os pesquisadores destacam a necessidade de esforços conjuntos entre governo e sociedade para ampliar a escala da restauração.

    O Capoeira surge como uma esperança para a Amazônia, integrando ciência, comunidades e políticas públicas em busca de um futuro sustentável. Com a COP 30 no horizonte, o centro pode se tornar um modelo global de recuperação ambiental.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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