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    Embrapa clona araucária centenária que tombou no Paraná

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte20/03/2025
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    Foto: Prefeitura de Cruz Machado
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    Pesquisadores da Embrapa Florestas alcançaram um marco na ciência brasileira: a clonagem bem-sucedida de uma araucária (Araucaria angustifolia) de aproximadamente 700 anos, que tombou após um temporal no Paraná. A árvore, com 42 metros de altura e considerada a maior do estado em sua espécie, agora vive através de mudas clonadas plantadas em Cruz Machado, cidade onde a original estava. O feito inédito abre caminho para a conservação genética de árvores centenárias e destaca o potencial econômico do pinhão para agricultores.

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    A clonagem de uma araucária tão antiga exigiu superar obstáculos técnicos. “A regeneração de tecidos em árvores idosas é limitada devido à redução da capacidade de multiplicação celular”, explica Ivar Wendling, pesquisador da Embrapa e líder do projeto. A solução foi a técnica de enxertia: brotos coletados do tronco da árvore tombada foram unidos a mudas jovens, preservando o DNA original. Quatro mudas foram produzidas, duas já plantadas em locais simbólicos.

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    As mudas clonadas herdam características únicas da matriz:

    • Produção antecipada de pinhão (alimento tradicional com valor comercial crescente);
    • Porte menor (facilita o manejo e o cultivo consorciado, como com erva-mate);
    • Resistência genética (herdada da árvore original, que sobreviveu séculos).

    “Essas mudas podem ser uma fonte de renda adicional para agricultores, aliando preservação e economia”, destaca Wendling. Porém, os clones requerem cuidados especiais nos primeiros anos, como irrigação e controle de pragas.

    Legado histórico e educação ambiental

    Terezinha Wrubleski replantou uma das mudas na propriedade rural onde a araucária original cresceu. “É como ter uma filha da antiga árvore, que sempre foi parte da nossa família”, emociona-se. A outra foi levada ao Colégio Agrícola de Cruz Machado. E servirá como ferramenta educacional.

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    Clonagem foi um desafio devido à idade avançada da árvore, que tinha mais de 700 anos e 42 metros de altura, até então, a mais alta do Paraná. Foto: Kátia Pichelli/Embrapa

    “Os alunos aprenderão a cultivar araucárias de forma sustentável, integrando-as a sistemas produtivos”, afirma Anderson Kaziuk, diretor pedagógico. Estudantes como Reginaldo Litka já planejam acompanhar o crescimento da muda: “Daqui a alguns anos, quero colher pinhões dela”.

    Técnica revolucionária: entenda a clonagem por enxertia

    A enxertia permitiu criar dois tipos de araucárias clonadas:

    • De tronco: Crescem como árvores convencionais (até 30 metros), mas com produção antecipada de pinhão.
    • De galho: Formam “mini araucárias” (3-5 metros), ideais para pequenas propriedades.

    Ambas mantêm a mesma idade ontogenética (genética) da planta original, mas “renascem” com idade fisiológica zero. “É como reiniciar o ciclo de vida de um DNA centenário”, resume Wendling.

    Terezinha Wrubleski e Ivar Wendling, pesquisador da Embrapa e líder do projeto. Foto:Kátia Pichelli/Embrapa

    A Embrapa destinará uma muda ao Governo do Paraná e incluirá outra em seu banco genético. O objetivo é estudar a resistência da espécie e replicar a técnica em outras árvores ameaçadas. “Esse DNA único pode esconder segredos para a sobrevivência da araucária”, finaliza Wendling.

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    Impacto Local: Para o prefeito Carlos Novak, o projeto resgata a identidade cultural: “A araucária é parte da nossa história, e agora também do nosso futuro sustentável”.

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    Henrique Rodarte
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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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