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    Árvores revelam cicatrizes invisíveis da mineração de ouro

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte13/04/2025
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    Foto: DIvulgação
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    A Amazônia enfrenta uma crise silenciosa: o mercúrio liberado pela mineração ilegal de ouro está contaminando solo, água e comunidades, mas um estudo inovador revelou que as próprias árvores da floresta estão expondo essa tragédia. Pesquisadores descobriram que espécies como a Ficus insipida (figueira-brava) armazenam vestígios do metal tóxico em seus anéis de crescimento, criando um “arquivo histórico” da poluição.

    Publicado na revista Environmental Science & Technology, o estudo analisou árvores em áreas próximas a garimpos ilegais no Peru, Brasil e Colômbia. Os resultados são alarmantes:

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    • Anéis como biomonitores: os níveis de mercúrio nos anéis das figueiras aumentaram 300% após 2005, coincidindo com a explosão do garimpo na região.
    • Mapa da contaminação: árvores próximas a cidades como Madre de Dios (Peru) registraram concentrações 4x maiores que áreas preservadas.
    • Risco global: o mercúrio amazônico viaja pela atmosfera, atingindo até regiões remotas como o Ártico.

    Por que o mercúrio é uma ameaça?

    Os garimpeiros queimam o mercúrio que utilizam para separar o ouro do solo, liberando vapores tóxicos no processo. Segundo a ONU Meio Ambiente:

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    • 1.400 toneladas de mercúrio são liberadas anualmente na Amazônia por garimpos.
    • 90% do mercúrio inalado ou ingerido (via peixes contaminados) causa danos neurológicos irreversíveis em humanos.

    Impacto em comunidades indígenas

    Com a cotação do preço do ouro em alta (+44% em 2024), a pressão sobre a Amazônia cresce. Além disso, os EUA reduziram as verbas para pesquisas sobre mercúrio, afetando projetos como o Center for Amazonian Scientific Innovation. Dados do Instituto Socioambiental (ISA) mostram que:

    • 1 em cada 3 indígenas em áreas de garimpo apresenta níveis perigosos de mercúrio no sangue.
    • 4.000 hectares de terras indígenas foram destruídos por mineração ilegal nos últimos dois anos.

    O estudo propõe ações urgentes:

    • Tecnologias alternativas: substituir mercúrio por métodos menos tóxicos, como o uso de centrifugas.
    • Fiscalização via satélite: cruzar dados das árvores com imagens de desmatamento em tempo real.
    • Pressão internacional: implementar a Convenção de Minamata, tratado que proíbe o uso de mercúrio, mas enfrenta resistência na prática.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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