Resumo da notícia
- O biólogo Cezar Santos registrou em Pomerode (SC) a rara cópula de dois beija-flores-cinza, comportamento difícil de observar devido à rapidez e localizações escondidas. Inicialmente, ele pensou se tratar de uma disputa territorial.
- A experiência foi inédita para Cezar, que frequentemente vê beija-flores em sua janela próxima à mata ciliar, mas nunca havia presenciado uma cópula, momento geralmente rápido e discreto para evitar predadores.
- O beija-flor-cinza é uma espécie endêmica do Brasil, presente do Pernambuco ao Rio Grande do Sul, e sua reprodução envolve perseguições rápidas no ar e cortejos discretos entre macho e fêmea.
- Após a cópula, o macho não participa dos cuidados com os filhotes, que são responsabilidade exclusiva da fêmea, incluindo construção do ninho e alimentação dos filhotes.
O biólogo Cezar Santos registrou um momento raro da natureza em Pomerode (SC). Ele flagrou a cópula de um casal de beija-flor-cinza (Aphantochroa cirrochloris) próximo à janela de seu quarto. Inicialmente, Cezar pensou se tratar de uma disputa territorial, comum nessa espécie. No entanto, logo percebeu que testemunhava um comportamento reprodutivo.
“Logo após acordar, vi dois beija-flores voando rapidamente e vocalizando. O beija-flor-cinza é muito territorialista, então imaginei ser outra briga. Mas, ao pousarem no telhado, percebi que era uma cópula. Fiquei muito feliz, pois é um momento raríssimo de se observar”, contou o biólogo.
Para Cezar, a experiência foi inédita. Apesar de receber visitas freqüentes de várias espécies de beija-flores em sua janela, localizada próximo a uma área de mata ciliar, ele nunca havia presenciado esse tipo de interação. O especialista explica que a cópula é um comportamento muito rápido e geralmente ocorre em locais mais escondidos, reduzindo os riscos de predação.
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O beija-flor-cinza é uma espécie endêmica do Brasil, ocorrendo desde Pernambuco até o Rio Grande do Sul. Sua reprodução envolve cortes discretos, baseados em perseguições rápidas no ar. Após a cópula, o macho não participa da construção do ninho nem dos cuidados com os filhotes, responsabilidades que cabem exclusivamente à fêmea.