Boi gordo: oferta curta sustenta alta da arroba
Resumo da notícia
- A arroba do boi gordo em São Paulo fechou a R$ 317,90 em 29 de outubro, com alta de 4,54% no mês, devido à oferta restrita e escalas mais curtas nos frigoríficos, que pressionam preços para cima.
- No mercado a prazo, a arroba também subiu 4,60% em outubro, alcançando R$ 321,95, refletindo demanda firme mesmo no final do mês.
- Frigoríficos mantêm busca ativa por lotes no balcão, enquanto confinamento parcial e oferta limitada sustentam a valorização do boi gordo.
- O preço do suíno vivo caiu em outubro após máxima em setembro, pressionado pela menor demanda interna e competição com carne bovina e frango, mas há expectativa de recuperação em novembro com maior consumo de fim de ano.
A arroba do boi gordo no estado de São Paulo fechou a R$ 317,90 em 29 de outubro. Alta de 1,03% no dia e de 4,54% no mês, segundo o Indicador CEPEA/ESALQ.
A valorização está ligada à oferta restrita de animais prontos para abate e às escalas de frigoríficos mais curtas em outubro, o que força a indústria a pagar mais no mercado físico.
No mercado a prazo em São Paulo, a arroba foi negociada a R$ 321,95 em 29 de outubro. Avanço de 1,03% no dia e 4,60% no mês, mantendo a demanda firme mesmo perto do fim do mês.
Pesquisadores do Cepea observam que os frigoríficos mantêm procura ativa por lotes no balcão. Assim, a oferta limitada e o confinamento parcial reforçam o cenário de alta nos preços.
Suíno: preço médio enfraquece em outubro
O Cepea avalia que o preço médio do suíno vivo caiu em outubro após ter alcançado a máxima do ano em setembro, quando o animal registrou o melhor patamar nominal desde novembro de 2024.
A pressão de baixa vem da demanda doméstica mais fraca na segunda quinzena do mês e da menor entrada de frigoríficos no mercado spot, já que carne bovina e frango ganharam competitividade no atacado.
Agentes consultados esperam reação nas cotações em novembro, apoiada por menor disponibilidade interna e pela alta de consumo típica de fim de ano. Parte do setor, porém, teme repasse de preços ao varejo e perda de consumo se a carne suína encarecer demais.
Fonte: CEPEA/USP – 30/10/2025