Feijão
Resumo da notícia
- Exportações brasileiras de feijão bateram recorde em outubro com 91,1 mil toneladas, acumulando 537,17 mil toneladas em 12 meses, impulsionadas por alta demanda internacional e oferta ajustada no mercado interno.
- O Brasil registrou volume recorde nas exportações de farelo de soja entre janeiro e outubro, com 19,6 milhões de toneladas, beneficiado pela forte demanda externa e competitividade do produto nacional.
- Preços do milho subiram ao nível de junho devido à oferta mais curta e maior atividade dos compradores, que estendem prazos de entrega para garantir abastecimento, apesar da cautela com clima e custos logísticos.
- Preços da mandioca apresentam variações regionais, com alta onde a oferta está limitada e estabilidade ou queda onde a colheita foi melhor, refletindo ritmo desigual de processamento e condições climáticas distintas.
As exportações brasileiras de feijão chegaram a 91,1 mil toneladas em outubro, maior volume mensal da série da Secex acompanhada pelo Cepea. No acumulado de 2025, os embarques somam 452,9 mil toneladas, e em 12 meses alcançam 537,17 mil toneladas, ambos em novo recorde histórico.
No mercado interno, os pesquisadores observaram altas no feijão carioca na última semana, sustentadas por oferta mais ajustada. Já o feijão preto oscilou entre estabilidade e leve queda, porque houve maior disponibilidade em algumas praças do Sul.
No campo, o plantio da 1ª safra 2025/26 avançou para 34,2% da área estimada até 1º de novembro. O Paraná lidera com 85% da área, seguido por Santa Catarina (68,3%) e Rio Grande do Sul (50%). Chuvas recentes favoreceram Minas Gerais e Goiás e aceleraram a semeadura. Cepea
Soja (farelo)
De janeiro a outubro o Brasil exportou 19,6 milhões de toneladas de farelo de soja, volume que o Cepea classifica como recorde na parcial do ano, sustentado pela demanda externa e pela boa competitividade do produto nacional. Esse movimento ajuda a manter ritmo nas indústrias e melhora a receita em reais.
Além disso, o avanço das vendas externas ocorre em um momento de atenção ao clima no Centro-Oeste. Assim, os agentes seguem cautelosos na negociação de grão e derivados, buscando preservar margens diante da oscilação cambial.
Milho
O Cepea informou que o preço do milho voltou ao patamar observado em junho, porque a oferta imediata ficou mais curta e as compras internas ganharam ritmo. A valorização também reflete a posição menos vendedora de produtores, que aguardam novas definições de clima e de custos logísticos
Como resultado, negócios spot foram fechados em níveis mais altos em praças do Centro-Sul, e parte dos compradores precisou alongar prazos de entrega para assegurar o abastecimento. Mesmo assim, o movimento ainda é visto como pontual e dependente da reposição ao longo de novembro.
Mandioca
Levantamento do Cepea mostrou movimentos distintos de preços entre as regiões produtoras de mandioca. Onde a oferta ficou mais limitada, as cotações subiram, pois fecularias e farinheiras mantiveram o interesse. Já em áreas com melhor colheita, houve estabilidade e até recuo, porque o processamento não cresceu na mesma proporção.
Essa assimetria ainda é explicada pelo clima e pela janela de colheita. Por isso, o mercado segue regionalizado e o repasse ao produto processado acontece de forma lenta, em linha com o padrão de novembro.
Fonte: CEPEA/USP – 10/11/2025
Resumo do dia
- Exportações de feijão e de farelo de soja renovam recordes e sustentam a receita do agronegócio.
- Milho recupera preços de meados do ano com oferta mais curta e compradores mais ativos.
- Mandioca mantém quadro de preços divididos por região, condicionado ao ritmo industrial.