Resumo da notícia
- O Brasil alcançou o 3º lugar mundial em produtividade de amendoim, com média de 3,8 toneladas por hectare, impulsionado por tecnologia de precisão e inovação no campo.
- A cadeia do amendoim cresceu 300% na última década, movimentando R$ 18,6 bilhões, e adotou modelo de “desperdício zero” que reaproveita subprodutos para nutrição animal e energia.
- A área plantada expandiu mais de 200% em estados como MT, MS e MG, consolidando o amendoim como segunda safra rentável e promovendo maior segurança produtiva no agro brasileiro.
O Brasil alcançou o 3º lugar mundial em produtividade de amendoim e atingiu média de 3,8 toneladas por hectare. A informação consta no livro Mapeamento e Quantificação da Cadeia do Amendoim Brasileiro, lançado pela ABEX-BR em Ribeirão Preto.
Crescimento expressivo
O levantamento mostra que a cadeia do amendoim movimentou R$ 18,6 bilhões e ampliou a produção em 300% na última década. A expansão ocorreu porque os produtores adotaram tecnologia de precisão e elevaram a eficiência no campo.
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Inovação no campo
Cristiano Fantin, presidente da ABEX-BR, afirma que o uso de inovação consolidou o avanço. Ele destaca que 64% dos produtores utilizam agricultura de precisão, o que melhora o uso do solo e aumenta a rentabilidade. O estudo aponta que o amendoim fortalece a rotação de culturas porque fixa nitrogênio no solo. Essa capacidade reduz custos com fertilizantes e melhora as condições para os cultivos seguintes.
A publicação também detalha o modelo de “desperdício zero” da cadeia. O rigor na qualidade e na rastreabilidade colocou o Brasil como 2º maior exportador mundial de óleo de amendoim e 4º em amendoim em grão. O setor reaproveita subprodutos como farelo e torta na nutrição animal. A casca, que representa até 25% do peso colhido, vira pellet para biomassa e geração de energia.
Expansão de área plantada
A ABEX-BR identificou ainda uma expansão de mais de 200% da área plantada em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A entidade avalia que a cultura se consolida como segunda safra rentável nas novas fronteiras agrícolas.
Fantin afirma que o avanço amplia a segurança produtiva. Ele reforça que os dados do mapeamento ajudam a planejar infraestrutura e financiamento para essa nova geografia agrícola.
O livro foi financiado pelo Núcleo de Promoção e Pesquisa da ABEX-BR e já está disponível para consulta no site da entidade.