Resumo da notícia
- Brasil e Singapura assinaram um Memorando de Entendimento durante a Anuga 2025 para fortalecer a cooperação no comércio de carne bovina, ampliando redes de fornecimento e incentivando projetos com carne refrigerada, congelada e processada.
- O acordo prevê cooperação regulatória entre autoridades brasileiras e singapurenses para facilitar o comércio bilateral, harmonizando padrões sanitários e de qualidade, além de promover inovação, sustentabilidade e segurança alimentar.
- A Associação Brasileira de Proteína Animal também firmou acordo com a Meat Traders Association of Singapore, reforçando o compromisso conjunto em práticas sustentáveis e abertura de novos mercados para proteínas de origem animal.
- Singapura aumentou suas importações de carne bovina brasileira em 25,8% em setembro de 2025, acumulando alta de 16,5% no volume e 32,7% em valor no ano, consolidando-se entre os principais destinos das exportações brasileiras do setor.
O Brasil e Singapura deram um novo passo na parceria comercial do setor de carnes. Durante a feira Anuga 2025, em Colônia, na Alemanha, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Meat Traders Association of Singapore (MTAS) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para fortalecer a cooperação entre os países no comércio de carne bovina.
A cerimônia ocorreu no estande do Brazilian Beef e contou com a presença do presidente da Abiec, Roberto Perosa, e do diretor de Assuntos Estratégicos, Julio Ramos. Representaram a MTAS o presidente Kenny Toh e o vice-presidente Benson Teo.
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Entenda o acordo
O acordo cria uma aliança estratégica para ampliar redes de fornecimento e incentivar projetos com carne refrigerada, congelada e processada. A iniciativa também busca aproximar empresas brasileiras e singapurenses, fortalecendo a integração entre os mercados.
O documento prevê cooperação com autoridades regulatórias, como a Singapore Food Agency (SFA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é facilitar o comércio bilateral e harmonizar padrões sanitários e de qualidade.
Além disso, o memorando inclui intercâmbio de informações, identificação de oportunidades de negócios e iniciativas conjuntas voltadas à inovação, sustentabilidade e segurança alimentar. Abiec e MTAS atuarão como pontos de contato para acompanhar o desenvolvimento das ações previstas, garantindo diálogo permanente e renovação automática do acordo.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também assinou memorando semelhante com a MTAS, representada pelo presidente Ricardo Santin. O documento reforça o compromisso conjunto de Brasil e Singapura em promover o comércio sustentável e abrir novos mercados para as proteínas de origem animal.
“Brasil e Singapura compartilham uma trajetória de confiança e complementaridade no comércio de carnes. Este memorando reforça nosso compromisso com práticas sustentáveis, qualidade e segurança alimentar. É um passo importante para aproximar nossas cadeias produtivas e criar novas oportunidades”, afirmou Roberto Perosa, presidente da Abiec.
O encontro teve apoio do adido agrícola do Mapa em Singapura, Luiz Claudio de Santana e Caruso, reconhecido por seu papel em aproximar os setores produtivos dos dois países e fortalecer o comércio bilateral.
Mercado de Singapura em expansão
O mercado de Singapura mostra crescimento consistente nas compras de carne bovina brasileira. Em setembro de 2025, o país importou 3.120 toneladas, alta de 25,8% em relação a agosto, com receita de US$ 14,4 milhões.
De janeiro a setembro, Singapura figura entre os 20 principais destinos da carne bovina do Brasil, com 21.593 toneladas e US$ 97,1 milhões em receita. Os números representam aumento de 16,5% em volume e 32,7% em valor frente ao mesmo período de 2024.
Em 2024, o país asiático importou cerca de 40 mil toneladas, movimentando US$ 300 milhões. O Brasil manteve a liderança no fornecimento de carne bovina congelada, respondendo por 47,8% das importações do mercado singapurense. Ou seja, a nova parceria reforça a posição do Brasil como líder global na exportação de proteínas e fortalece a presença do país no competitivo mercado asiático.