Estância das Oliveiras lidera ranking nacional; país perde uma posição no cenário global
Foto: Estância das Oliveiras

O Brasil voltou a marcar presença no topo da olivicultura internacional. A edição 2025 do Evoo World Ranking, divulgada nesta sexta-feira, 14, confirmou 11 azeites brasileiros entre os 100 mais premiados do planeta. É um feito. É também um alerta. O país segue forte, mas já sente a respiração quente dos concorrentes.

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A lista é construída de um jeito simples e implacável: conta todos os prêmios conquistados em concursos internacionais ao longo do ano. Depois, soma tudo, cruza os resultados, organiza as posições. E pronto. Quem vence mais, sobe. Quem patina, desce. Às vezes rápido demais.

E, neste ano, quem não patinou — nem de longe — foi a Estância das Oliveiras, de Viamão (RS). A fazenda, aliás, praticamente tomou a sala. Sete rótulos seus entraram no Top 100. Sete. Antes de qualquer coisa, isso já diz muito. Depois, confirma o que o setor comenta baixinho: é um domínio raro. E, por fim, mostra que o interior gaúcho segue empurrando a olivicultura brasileira para um patamar mais alto, passo a passo, safra a safra.

O Coratina brilhou mais alto e garantiu a 22ª posição global. Logo atrás vieram o Signature (26º) e o Los Dos (29º). Curto, direto e incontestável: a Estância virou referência.

Outros produtores também deixaram suas marcas. A Essenza Agroecológico, de Santo Antônio do Pinhal (SP), colocou três azeites da linha Mantikir na lista:
Summit Premium Blend de Campo (57º)
Coratina (71º)
Grappolo (91º)

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Na mesma cidade paulista, a Fazendas do Azeite Sabiá completou a presença brasileira com o Sabiá Blend de Terroir, na 88ª posição. Pequeno no número. Mas enorme no simbolismo.

Recuo no ranking global

A surpresa amarga veio no ranking de países. O Brasil caiu para a 6ª posição. Ficou atrás de Itália, Espanha, Turquia, Grécia e, agora, Portugal. Em 2024, os brasileiros tinham estreado no Top 5 — algo histórico. Mas Portugal avançou firme e ultrapassou.

É queda? É. Mas é também parte do jogo. A olivicultura brasileira ainda é jovem. Cresce rápido.

O Evoo World Ranking é uma das métricas mais respeitadas do setor. Junta resultados de dezenas de competições ao redor do mundo. É um espelho duro — às vezes ingrato —, mas necessário.

E o reflexo de 2025 mostra um Brasil que segue relevante, criativo, competitivo. E que, apesar de escorregar um degrau, ainda disputa o andar de cima.