Resumo da notícia
- A cachaça Vale Verde Extrapremium, de Betim, foi a grande vencedora do 2º Concurso de Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras, conquistando o troféu Diamante com mais de 95 pontos.
- A destilaria de Betim também ganhou o troféu Ouro na categoria Premium/Extrapremium com a Vale Verde 12 anos, que ficou em segundo lugar, mostrando a excelência da produção local.
- O concurso premiou diversas categorias, com destaque para a valorização da regionalidade das cachaças mineiras, por meio de diplomas especiais para unidades polo da Emater-MG.
- Homenagens foram feitas à professora Maria das Graças Cardoso como Mulher Destaque da Cachaça mineira e ao Vira Copos Ouro como agricultor familiar, reconhecendo avanços na atividade.
A cachaça Vale Verde Extrapremium, produzida em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi consagrada a grande vencedora do 2º Concurso de Avaliação da Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras. A cerimônia de premiação aconteceu na capital mineira.
O destaque da noite ficou por conta da bebida Vale Verde Extrapremium, que conquistou o cobiçado troféu Diamante ao obter a maior pontuação do concurso, superando a marca de 95 pontos. A premiação máxima reconhece a excelência da cachaça produzida no município de Betim.
“É uma honra receber esses prêmios. Em todo o processo de produção, trabalhamos para conseguir o melhor, mas atingir uma pontuação acima de 95 pontos é uma surpresa muito gratificante”, declarou Daniel Fornari, produtor da Vale Verde.
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A destilaria de Betim ainda garantiu mais um reconhecimento na categoria “Cachaça de Alambique Premium ou Extrapremium”, levando o troféu Ouro com a Vale Verde 12 anos, que ficou em segundo lugar.
Vencedores por categoria
Na categoria Premium/Extrapremium, a Requinte do Emboque Premium, de Raul Soares (Rio Doce), completou o pódio em terceiro lugar com troféu Ouro.
Cachaça de Alambique Armazenada teve empate técnico no pódio, com todos os três primeiros colocados recebendo troféu Ouro:
- 1º lugar: Boralina Ouro – Bálsamo (Novo Cruzeiro)
- 2º lugar: Duim Blend Especial (Mar de Espanha)
- 3º lugar: Paulo Azevedo Amburana (Carmópolis de Minas)
Na Cachaça de Alambique Envelhecida, o troféu Ouro também foi para os três primeiros colocados:
- 1º lugar: Estação da Cana – Carvalho e Grápia (Monte Belo)
- 2º lugar: Anfitrión Ouro Single Malt (Governador Valadares)
- 3º lugar: Dona Diva Ouro (Pouso Alegre)
A categoria Cachaça de Alambique teve como vencedoras:
- 1º lugar: Sem Nome (Presidente Bernardes) – troféu Prata
- 2º lugar: Onda Clara Prata (Patos de Minas) – troféu Prata
- 3º lugar: Córrego Fundo Prata (Divinópolis) – troféu Prata
Reconhecimento regional e homenagens
Uma novidade desta edição foi a criação de diplomas especiais para as unidades polo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), valorizando a regionalidade da bebida. Os três primeiros colocados dos polos Central, Sul e Matas de Minas, Leste, Nordeste, Norte e Cerrado foram reconhecidos.
“Trazemos essa novidade para reconhecer e valorizar, dentro de cada polo, a excelência dessa bebida mineira. Também queremos mostrar as características das cachaças de cada região, seus terroirs”, explicou Otávio Maia, diretor-presidente da Emater-MG.
O concurso prestou homenagem à professora Maria das Graças Cardoso (UFLA), como Mulher Destaque da Cachaça mineira, e ao Vira Copos Ouro como agricultor familiar.
“Houve um avanço grande na atividade desde que comecei a trabalhar com cachaça há 25 anos, e isso com a participação também da mulher como pesquisadora, produtora e na indústria. Ser uma das responsáveis por essa transformação e melhoria da cachaça que vem ocorrendo nas últimas décadas é engrandecedor”, afirmou Maria das Graças.
Cachaça mineira no mercado internacional
Durante a cerimônia, o governador Romeu Zema destacou o potencial da cachaça mineira no mercado global. “Tenho certeza que ainda vamos ver nossa cachaça nas lojas mundo afora, nas grandes cidades, em lojas especializadas, nos aeroportos, e vamos ter muito orgulho de quem fez esse trabalho. Um dia nossa cachaça vai ser tão famosa quanto outras bebidas de fora do país”, afirmou.
Minas Gerais já é o segundo maior exportador de cachaça do Brasil, movimentando mais de US$ 1,9 milhão apenas com exportações, segundo dados apresentados pelo secretário de Estado de Agricultura, Thales Fernandes.
“Isso é fruto de um trabalho sério de regularização dos alambiques, assistência aos produtores e pesquisa de excelência”, destacou o secretário.
Decreto fortalece fiscalização
Durante a solenidade, foi assinado o decreto que regulamenta a Lei nº 25.424, de 1º de agosto de 2025, instituindo a inspeção e fiscalização de produtos de origem vegetal em Minas Gerais.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) contará com mais de 80 fiscais dedicados exclusivamente às atividades de inspeção e fiscalização de produtos de origem vegetal. A cadeia produtiva da cachaça será diretamente beneficiada por essa regulamentação, garantindo maior controle de qualidade e segurança alimentar.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está implementando o Programa Estadual de Pesquisa em Cana de Açúcar e Cachaça de Alambique, que contemplará aspectos agronômicos, tecnológicos, ambientais e produtivos, com foco na qualidade, produtividade, sustentabilidade e valorização da cachaça de alambique mineira.