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    Camu-Camu aumenta valor nutricional da farinha de mandioca  

    Pesquisa mostra como impulsionar agricultura sustentável e abrir novas possibilidades econômicas para a região amazônica
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte14/01/2025
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    Reprodução - Embrapa / Foto - Ronaldo Rosa
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    O camu-camu, um fruto típico da Amazônia conhecido por sua alta concentração de vitamina C e propriedades antioxidantes, está ganhando destaque como um ingrediente promissor na produção de farinhas funcionais. Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros demonstrou como o uso de resíduos agroindustriais do camu-camu pode enriquecer nutricionalmente a farinha de mandioca, aumentar seu apelo visual e abrir novas possibilidades econômicas para a região amazônica, especialmente em comunidades que dependem da agricultura familiar.

    De acordo com a pesquisa realizada por Pedro Vitor Pereira Guimarães durante seu doutorado na Rede Bionorte, o camu-camu tem o potencial de elevar o valor nutricional da farinha de mandioca ao incorporar antioxidantes, como ácidos ascórbico e cítrico, além de minerais essenciais. “O objetivo foi formular e caracterizar farinhas enriquecidas com diferentes métodos de secagem, aproveitando tanto os frutos como os resíduos do camu-camu. Os resultados indicam um produto de alta aceitação regional e potencial internacional”, explica Guimarães.

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    O camu-camu enriquece a farinha de mandioca e funciona como aditivo em outros alimentos, promovendo dietas mais saudáveis e alinhadas à segurança alimentar. A pesquisa também mostra como aproveitar o fruto de forma sustentável, reduzindo desperdícios e criando novas fontes de renda.

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    Inovação nos processos de produção

    O estudo avaliou diferentes técnicas de secagem para desidratar o camu-camu. Incluindo métodos de alta tecnologia, como a liofilização, e alternativas acessíveis, como secagem ao sol, em estufa elétrica e com fornos solares artesanais. A liofilização apresentou os melhores resultados, preservando as propriedades nutricionais e gerando um produto com maior valor agregado e prazo de validade prolongado.

    Ainda assim, métodos simples e de baixo custo, como a secagem solar, se mostraram eficazes e viáveis para comunidades que possuem acesso limitado a tecnologias avançadas. Essa abordagem amplia o alcance da inovação, permitindo sua aplicação em agroindústrias familiares e cooperativas locais.

    O camu-camu apresenta um alto potencial para promover a industrialização de produtos amazônicos de forma sustentável. Ao reutilizar resíduos agroindustriais na produção de farinhas, a pesquisa contribui para a redução do impacto ambiental e o alinhamento às políticas nacionais de resíduos sólidos. Esse modelo sustentável pode fortalecer a economia local, gerar empregos e beneficiar diretamente agricultores familiares e mulheres rurais que integram projetos comunitários na Amazônia.

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    A colheita do fruto foi realizada às margens do Lago da Morena, no município de Cantá (Roraima), e processada na Embrapa Roraima, em Boa Vista. Além de explorar o aproveitamento integral dos frutos, os pesquisadores validaram diferentes níveis de tecnologia, atendendo tanto a demandas da agroindústria quanto da produção familiar.

    Produtos promissores e mercado global

    As farinhas enriquecidas com camu-camu foram testadas em concentrações de 0%, 5%, 25%, 50% e 100%. Os resultados indicaram que o produto final apresenta maior concentração de sólidos solúveis, coloração mais atraente e maior teor de antioxidantes, fatores que aumentam seu valor comercial. Segundo Guimarães, “as farinhas obtidas apresentaram características desejáveis para o mercado interno e externo, sendo modelos promissores de alimentos funcionais”.

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    Maria Fernanda Berlingieri Durigan, pesquisadora da Embrapa Instrumentação e coorientadora do estudo, reforça que o camu-camu pode ser um ingrediente estratégico para a agroindústria. “A farinha de camu-camu oferece oportunidades interessantes para aplicação em indústrias alimentícias e agrícolas, especialmente em regiões produtoras como a Amazônia. Seu potencial econômico é significativo, principalmente para projetos voltados à agricultura familiar”, avalia.

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    Apoio à pesquisa e publicações científicas

    Capes, CNPq e Embrapa financiaram a pesquisa, e os resultados já estão disponíveis nos sistemas da Embrapa e em revistas científicas. A revista Cuadernos de Educación y Desarrollo publicou um dos artigos. E destaca o potencial biotecnológico e nutricional do camu-camu para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

    Com a validação científica do produto, os pesquisadores esperam que as farinhas enriquecidas com camu-camu ganhem escala industrial. E também sejam integradas a dietas e receitas diversificadas, consolidando a aplicação do fruto como um ingrediente de alto valor nutricional e econômico.

    Além de beneficiar diretamente comunidades amazônicas, o estudo abre caminho para a industrialização sustentável do camu-camu. Contribuindo para a preservação ambiental e o fortalecimento da economia regional. Com resultados promissores, essa iniciativa reforça a importância de investimentos em pesquisa e inovação para a valorização de produtos nativos e o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis no Brasil.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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