Os Estados Unidos anunciaram uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, atingindo em cheio a carne bovina. Donald Trump assinou a medida nesta quarta-feira (30). Ela entra em vigor no dia 6 de agosto.
Apesar do desafio, o Cepea lembra que o estoque mundial de carne é o menor em 20 anos. Atualmente, 49% das exportações brasileiras seguem para a China, principal destino. Portanto, os EUA não têm tantas opções de fornecedores com preços e qualidade semelhantes.

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Setor reage à tarifa norte-americana

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) acompanha com atenção a decisão dos EUA. A nova tarifa de 50% se soma aos atuais 26,4%, elevando a carga total para 76%. Esse cenário ameaça a viabilidade das exportações para os EUA, que importaram 229 mil toneladas em 2024. A expectativa para 2025 era chegar a 400 mil toneladas.

A entidade mantém diálogo com importadores norte-americanos e colabora com o governo federal em busca de acordo. Além disso, a ABIEC reforça a importância de preservar o fluxo comercial com os EUA. Afinal, o país enfrenta o menor ciclo pecuário dos últimos 80 anos.

O setor também destaca o esforço conjunto do Ministério da Agricultura, do MDIC e do Itamaraty. Essas instituições trabalham na abertura de novos mercados e articulações diplomáticas. Por fim, a ABIEC afirma que seguirá atuando com propostas e parcerias para manter a competitividade da carne bovina brasileira. O objetivo é garantir previsibilidade aos exportadores e colaborar com a segurança alimentar global.

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