Resumo da notícia
- A China vai retomar a concessão de licenças de importação de soja para três empresas dos EUA e liberar as importações de toras de madeira a partir de 10 de novembro, após suspensões aplicadas em março.
- As suspensões afetaram a cooperativa CHS, a Louis Dreyfus Company e a operadora EGT, como resposta a medidas comerciais adotadas pelos EUA em março.
- O alívio nas tensões comerciais ocorre após o encontro entre Trump e Xi Jinping, que resultou na suspensão de algumas tarifas chinesas e retomada das compras modestas de commodities americanas.
- Apesar dos avanços, persiste uma tarifa de 10% sobre produtos norte-americanos, o que limita uma recuperação mais ampla no comércio entre os dois países.
A China voltará a conceder licenças de importação de soja para três empresas norte-americanas. Assim, encerrará a suspensão das importações de toras de madeira dos Estados Unidos a partir de 10 de novembro, informou a autoridade aduaneira chinesa nesta sexta-feira. A decisão representa mais um sinal de alívio nas tensões comerciais entre os dois países.
As suspensões de licenças aplicadas à cooperativa agrícola CHS, à exportadora global de grãos Louis Dreyfus Company Grains Merchandising e à operadora de terminais de exportação EGT haviam sido impostas em março, em meio ao agravamento das disputas comerciais.
A interrupção das importações de toras dos EUA ocorreu como medida de retaliação após a ordem do então presidente norte-americano Donald Trump, em 1º de março, para investigar as importações de madeira.
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O sentimento dos investidores melhorou depois que Trump se reuniu com o líder chinês Xi Jinping, na Coreia do Sul. Reduzindo os temores de que as duas maiores economias do mundo abandonassem os esforços para resolver seus impasses comerciais.
Após o encontro, Pequim suspendeu tarifas sobre alguns produtos agrícolas norte-americanos impostas em março. E retomou compras modestas de commodities dos EUA, incluindo duas cargas de trigo. A estatal chinesa COFCO também adquiriu três embarques de soja dos Estados Unidos antes da reunião entre os líderes.
Mesmo assim, os operadores permanecem cautelosos, já que ainda vigora uma tarifa de 10% sobre todas as importações norte-americanas, inclusive produtos agrícolas. O que limita as expectativas de uma recuperação mais ampla no fluxo comercial.