Decisão da alfândega chinesa, de efeito imediato, encerra suspensão imposta em maio devido a um caso de gripe aviária
Foto: Divulgação - Portal.gov

Em uma decisão amplamente comemorada pelo agronegócio brasileiro, o governo da China revogou a suspensão às exportações de carne de frango do Brasil. A medida, anunciada pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC), entra em vigor imediatamente e põe fim a um embargo que durava desde maio, quando um único foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foi detectado no Rio Grande do Sul.

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A retomada do comércio com a China, principal destino da carne de frango brasileira, é crucial para a economia do país. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil é o maior exportador mundial do produto, sendo responsável por aproximadamente 35% de todo o frango comercializado globalmente. Em 2022, as vendas para os chineses somaram mais de US$ 1,2 bilhão, destacando a importância estratégica desse mercado.

A revogação foi baseada nos resultados da análise de risco conduzida pelas autoridades sanitárias chinesas, que atestaram a eficácia dos controles implementados pelo Brasil. Conforme comunicado oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desde 18 de junho o país recuperou o status sanitário de “país livre de IAAP”, após a conclusão bem-sucedida de todos os procedimentos de desinfecção e vigilância na propriedade afetada.

Fim do embargo e panorama atual

A suspensão temporária foi um reflexo dos protocolos sanitários internacionais. A detecção de um caso em uma granja comercial em Montenegro (RS) acionou medidas automáticas por parte de alguns países importadores. No entanto, a rápida ação do Mapa e dos produtores para conter e erradicar o vírus foi fundamental para minimizar o impacto.

Com a reabertura do mercado chinês, a atenção do setor agora se volta para o Canadá, que se tornou o único país a manter a suspensão total das importações de carne de aves brasileiras. A ABPA e o governo brasileiro já sinalizaram que estão trabalhando junto às autoridades canadenses para normalizar o fluxo comercial o mais breve possível.

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Especialistas apontam que a retomada com a China deve ser rápida, com os embarques sendo normalizados nas próximas semanas. Portanto, reintegrando o produto brasileiro, conhecido por sua qualidade e competitividade, ao prato dos consumidores chineses.