Resumo da notícia
- A CNA e entidades do setor alertaram para o risco da praga TR4 na banana com a importação do produto do Equador, destacando que essa praga ameaça as variedades Cavendish, principais na produção nacional.
- Pesquisadores comprovam que frutos, embalagens e pallets podem disseminar a TR4, que ainda não foi detectada no Brasil, exigindo ações rigorosas para proteger a produção.
- A CNA reforçou a necessidade de maior vigilância e participação do setor produtivo e instituições nas análises de risco, ressaltando o impacto sobre mais de 200 mil produtores, principalmente da agricultura familiar.
- Ministros da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário garantiram compromisso com a defesa sanitária, assegurando que o mercado só será aberto se não houver risco de entrada da praga, com suporte da Embrapa e do setor produtivo.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades do setor alertaram para riscos da importação da banana equatoriana. Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, participaram do debate sobre o tema.
O encontro reuniu associações como Conaban, Abanorte, Abavar e Febanana. O setor demonstrou preocupação com a praga Fusarium oxysporum f. sp. cubense raça tropical 4 (TR4), ainda ausente no Brasil. A TR4 ameaça especialmente as variedades Cavendish, como nanica e prata, que lideram a produção e o consumo nacional. Pesquisadores já comprovaram que frutos, embalagens e pallets podem disseminar o fungo. Os representantes reforçaram a necessidade de participação ativa do setor produtivo e das instituições de pesquisa nas análises de risco de pragas. Eles defenderam ações rigorosas para proteger a produção nacional.
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A assessora técnica da CNA, Letícia Barony, destacou o trabalho do Mapa em emergências fitossanitárias, mas alertou para maior vigilância. “Sem materiais resistentes e sem tratamento eficaz, a TR4 inviabiliza áreas inteiras de cultivo”, afirmou. Ela lembrou que a CNA enviou ofício ao ministério semanas atrás. Barony destacou que o problema pode atingir mais de 200 mil produtores brasileiros, em sua maioria, da agricultura familiar. “O ingresso da praga geraria insegurança e enorme desafio ao ministério”, completou.
Os ministros reafirmaram o compromisso do Brasil com a defesa sanitária. Garantiram análises de risco com apoio da Embrapa e participação do setor produtivo. Eles asseguraram que o mercado não será aberto caso haja risco de entrada da TR4.
Também participaram da reunião o senador Jaime Bagatoli, os deputados Jorge Goetten e Nilto Tatto, além de prefeitos e vereadores.