Resumo da notícia
- O Brasil tem registrado aumento nas apreensões de azeite de oliva falsificado, que pode conter óleos vegetais e aditivos não autorizados, representando risco à saúde dos consumidores. A falsificação é difícil de identificar apenas pelo sabor ou cheiro.
- Especialistas recomendam atenção ao rótulo, preferindo azeites produzidos e envasados no mesmo local, desconfiar de preços muito baixos, optar por produtos frescos e embalagens de vidro escuro para garantir qualidade e segurança.
- O consumo de azeite adulterado pode causar problemas gastrointestinais e intoxicação, além de privar o consumidor dos benefícios do azeite extravirgem verdadeiro, configurando fraude contra o consumidor.
- Após alta significativa até 2024 devido a fatores climáticos na Europa, o preço do azeite no Brasil tem apresentado queda gradual desde 2025, aliviando o consumidor; denúncias de falsificação podem ser feitas ao Ministério da Agricultura.
Nos últimos meses, o Brasil tem registrado um aumento expressivo nas apreensões de azeite de oliva falsificado, um problema que preocupa tanto o mercado quanto os consumidores.
A adulteração consiste geralmente na diluição do azeite extravirgem com outros óleos vegetais, como de soja ou canola, ou até o uso de corantes e aromatizantes de origem não autorizada, que podem representar risco à saúde.
Um dos principais desafios para o consumidor é identificar produtos adulterados, já que muitas vezes a falsificação é feita de forma sofisticada, tornando difícil a detecção apenas pelo cheiro ou sabor. Por isso, especialistas recomendam atenção redobrada na hora da compra.
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Para evitar cair em fraudes, é fundamental:
- Observar atentamente o rótulo: prefira azeites produzidos e envasados no mesmo local, evite rótulos genéricos ou confusos com muitos idiomas ou termos pouco claros.
- Desconfiar de preços muito baixos: o azeite extravirgem tem preço relativamente alto; ofertas muito abaixo da média podem indicar adulteração.
- Optar por produtos mais frescos, de safra recente, garantindo melhor qualidade e frescor.
- Preferir embalagens de vidro escuro para proteger o produto da luz e conservar suas propriedades.
O consumo de azeite falsificado pode acarretar problemas gastrointestinais como dor no estômago, náusea, vômitos e até intoxicação, dependendo dos ingredientes usados na fraude. Além de colocar a saúde em risco, o consumidor é vítima ao pagar por um produto que não entrega os benefícios do verdadeiro azeite de oliva extravirgem.
Preços estão caindo
Além do alerta contra os falsificados, o cenário do preço do azeite no Brasil tem passado por mudanças significativas. Nos últimos anos, o preço sofreu grande alta devido a fatores climáticos adversos em países produtores europeus, como Espanha, Itália e Portugal, que impactaram a oferta mundial. Em 2023 e nos primeiros meses de 2024, o produto chegou a custar quase 50% mais caro, chegando a valores elevados no varejo brasileiro.
Entretanto, desde o início de 2025, o preço do azeite vem apresentando queda gradual, reflexo da melhora nas safras desses países, permitindo um aumento da oferta. Em Belo Horizonte, por exemplo, a redução no preço médio da garrafa de 500 ml foi de cerca de 6% no primeiro semestre de 2025, um alívio para o consumidor brasileiro.
Portanto, para garantir segurança e qualidade ao comprar azeite, além de desconfiar de ofertas muito baratas, é fundamental buscar marcas confiáveis, verificar o rótulo com atenção e, sempre que possível, comprar produtos de procedência garantida e recente fabricação. Denúncias de produtos falsificados podem ser feitas ao Ministério da Agricultura pelo telefone 0800 704 1995, contribuindo para combater essa fraude cada vez mais sofisticada.