O Governo Federal simplificou as compras públicas de alimentos produzidos por setores prejudicados pelo tarifaço dos Estados Unidos. A Portaria Interministerial nº 12 publicada na noite de sexta-feira (22) no Diário Oficial da União, define as regras para a aquisição dos produtos.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Compra sem licitação

O governo poderá comprar diretamente, sem licitação, alimentos como açaí, água de coco, castanhas, manga, mel, uvas e pescados. A lista inclui corvina, pargo, tilápia e outros peixes frescos, refrigerados ou congelados.

• Entenda o sobe e desce dos preços dos alimentos
• Preço do café atinge maior nível em três meses

Os ministros Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, assinam a portaria. Segundo o governo, a lista poderá ser atualizada periodicamente. Os alimentos comprados vão abastecer escolas públicas e reforçar os estoques oficiais. A medida também busca dar fôlego aos produtores que perderam mercado externo.

Como vender ao governo?

Para vender ao governo, os produtores devem comprovar prejuízos com o tarifaço. Pessoas jurídicas precisam apresentar a Declaração de Perda (DP) e a Declaração Única de Exportação (DU-E) para os Estados Unidos, referentes a produtos a partir de janeiro de 2023.
Já os produtores que fornecem para empresas exportadoras devem entregar a Autodeclaração de Perda (AP).
Essas aquisições fazem parte do Plano Brasil Soberano, lançado em 13 de agosto para apoiar setores afetados pelas tarifas norte-americanas. O ministro Paulo Teixeira dará entrevista coletiva na segunda-feira (25) para detalhar as medidas previstas.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE