Atividades educativas mobilizam lideranças e resultam em propostas de reflorestamento e restauração ecológica
Foto: Erika Lopez/Ibama/MS

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) promoveu uma série de ações educativas sobre o uso de agrotóxicos em quatro comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. A equipe de Educação Ambiental do Ibama/MS estimulou o diálogo sobre os impactos dessas substâncias na saúde humana, no meio ambiente e na cultura local.

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As aldeias Guassuty (Aral Moreira), Te’yikue (Caarapó), Guyraroká (Caarapó) e Taquara (Juti) receberam oficinas educativas, rodas de conversa, dinâmicas participativas e vivências agroecológicas.

A Escola Polo Municipal Indígena Arandu Renda Guarani/Kaiowá, em Guassuty, sediou a primeira oficina. O encontro reuniu 51 pessoas, incluindo representantes da Funai, DSEI/Sesai, Iagro e Embrapa. Os participantes discutiram o uso inadequado de embalagens de agrotóxicos e destacaram a importância de resgatar práticas culturais ancestrais para fortalecer a comunidade.

Te’yikue identifica áreas prioritárias para restauração ecológica

Em Te’yikue, a equipe técnica realizou atividades na Escola Municipal Indígena Ñandejara Polo e visitou nascentes e córregos indicados pelos moradores. A comunidade apontou estes locais como áreas de preocupação ambiental. Os técnicos agora planejam desenvolver um projeto de restauração ecológica focado na recuperação de recursos hídricos e na promoção da saúde ambiental.

O diálogo em Guyraroká gerou trocas de saberes sobre os efeitos dos agrotóxicos no corpo humano. Os participantes relataram sintomas crônicos associados ao uso prolongado dessas substâncias. A comunidade propôs uma ação de reflorestamento comunitário para recuperar áreas degradadas e fortalecer a relação com a natureza.

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Foto: Erika Lopez/Ibama/MS

TaA Aldeia Taquara, em Juti, fechou a programação com ampla participação comunitária. A liderança local mobilizou os moradores e ofereceu apoio logístico, incluindo alimentação. As atividades incluíram vivência agroecológica e entrega de mudas e materiais educativos. A comunidade demonstrou interesse em criar uma associação voltada à produção de alimentos agroecológicos.

A iniciativa resultou na elaboração de diagnósticos participativos em cada aldeia. Os documentos identificam os principais desafios, conflitos locais, parceiros atuantes e soluções reconhecidas pelas próprias comunidades. Esses diagnósticos servirão de base para futuras ações de educação ambiental e para fortalecer a autonomia indígena frente aos impactos dos agrotóxicos.