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    Conheça a Capital Nacional da Cachaça

    Com apenas 3 mil habitantes, Lamim, município da Zona da Mata conquista liderança inédita no ranking brasileiro de cachaçarias por habitante
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte28/07/2025
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    O Brasil tem 1.217 cachaçarias registradas em 2023, segundo o Anuário da Cachaça 2024, divulgado pelo Ministério da Agricultura.
    Foto: Divulgação - MAPA
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    Resumo da notícia

    • Lamim, cidade mineira com cerca de 3.230 habitantes, tornou-se o município brasileiro com maior densidade de cachaçarias legalizadas, totalizando dez estabelecimentos, segundo o Anuário Cachaça 2025 do MAPA.
    • Clima ameno, boa distribuição de chuvas e tradição familiar impulsionam a produção de cachaça de qualidade em Lamim, com apoio técnico de órgãos como IMA e Emater, que fortalecem o setor local.
    • A legalização das cachaçarias, promovida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária, elevou a qualidade e o valor dos produtos, oferecendo segurança e melhores condições para os produtores locais.
    • Exemplo da transformação é a cachaçaria dos irmãos Rezende, que regularizaram a produção, melhoraram processos e agora atuam com mais higiene, confiança e possibilidade de expandir o mercado e participar de concursos.

    Resumo gerado pela redação.

    Em meio às montanhas da Zona da Mata mineira, uma pequena cidade de pouco mais de 3 mil habitantes conquistou um título que nem os maiores centros produtores do país conseguiram alcançar. Lamim tornou-se oficialmente o município com a maior densidade de cachaçarias registradas do Brasil, segundo dados do Anuário Cachaça 2025 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

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    O feito impressiona pelos números: são dez estabelecimentos legalizados para uma população de aproximadamente 3.230 habitantes, resultando em uma cachaçaria para cada 323 moradores. Esse índice inédito coloca a pequena cidade mineira à frente de tradicionais polos produtores em todo o território nacional.

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    O sucesso de Lamim não é obra do acaso. Segundo Flávio Santos, fiscal agropecuário e químico do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a cidade reúne condições excepcionais para a produção de cachaça de qualidade.

    “As temperaturas amenas e a boa distribuição de chuvas favorecem significativamente o desenvolvimento da cana-de-açúcar. Além disso, existe uma tradição produtiva forte, passada de geração em geração, e uma excelente receptividade às ações do Governo de Minas por meio da Emater e do IMA”, explica Santos.

    O vice-governador Mateus Simões celebrou a conquista histórica do município. “Esse feito é fruto do trabalho árduo, da paixão e tradição do povo com a produção de cachaça. Com assistência técnica, pesquisa e incentivo para regularização, estamos abrindo portas para que essa cachaça ganhe o país e até o mundo”, declarou.

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    Regularização: o diferencial competitivo

    O papel do IMA foi fundamental para que Lamim alcançasse essa posição de destaque. O órgão estadual, responsável pela legalização das cachaçarias, garante que a bebida atenda aos padrões sanitários e de qualidade exigidos pela legislação.

    “Os alambiqueiros de Lamim compreenderam a importância do registro, que agrega valor ao produto, melhora sua qualidade e pode resultar em melhores preços de venda”, destaca Flávio Santos.

    Os irmãos Rezende

    A trajetória dos irmãos Nivaldo e Lúcio Rezende, produtores da cachaça ‘Laminense’ no distrito da Piranguinha, exemplifica essa transformação. Produzindo desde 2000, eles decidiram se regularizar há três anos após contato com fiscais do IMA.

    “Vimos que era hora de legalizar. Fizemos um empréstimo e reconstruímos a fábrica dentro das normas”, conta Nivaldo Rezende com orgulho. Segundo ele, a mudança na qualidade foi imediata: “Os processos ficaram mais assertivos, tudo é feito com mais higiene e facilidade. Mas o principal é que agora trabalhamos sem medo.”

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    Os irmãos Nivaldo e Lúcio Rezende. Fotos: Maria Teresa Leal/Emater-MG

    A regularização trouxe benefícios além da qualidade: “A consciência tranquila é a melhor recompensa. Saber que podemos produzir, participar de concursos e divulgar o produto do qual tanto nos orgulhamos não tem preço”, completa Nivaldo.

    A Emater-MG tem sido peça fundamental no desenvolvimento do setor em Lamim. Os irmãos Rezende se preparam para participar do 2º Concurso de Cachaças de Alambique e Aguardentes da empresa, e creditam parte do sucesso ao suporte técnico recebido.

    “Graças à Emater, recebemos apoio durante todo o processo produtivo, da colheita à gestão do empreendimento. Os técnicos inclusive fizeram o projeto que apresentamos ao banco para conseguir o empréstimo”, relata Lúcio Rezende.

    Novos produtores apostam na qualidade premium

    Silbert Mourthé, proprietário da Destilaria Arruda, representa a nova geração de produtores de Lamim. Há três anos produzindo cachaça premium na zona rural, ele começou o negócio já seguindo todas as normas legais.

    “Quis começar com tudo ‘nos conformes’. Tive muitas trocas de ideias com os técnicos e recebi auxílio para montar o alambique”, conta Mourthé. Seus planos incluem estruturar o departamento de vendas para atender bares de Belo Horizonte e expandir para o mercado nordestino.

    Perspectivas de Crescimento e Turismo

    O secretário municipal Juninho Pedrosa vê a liderança no ranking nacional como apenas o início de uma nova fase para Lamim. A prefeitura e os produtores locais já articulam estratégias para aumentar a visibilidade da bebida e fomentar o turismo regional.

    “Estamos felizes com essa projeção e queremos valorizar ainda mais nossos produtores, incentivar o aperfeiçoamento e a regularização”, afirma Pedrosa. “Lamim tem dado exemplo para o Brasil e provado que tamanho definitivamente não é documento.”

    O secretário estadual de Agricultura, Thales Fernandes, reforça a importância cultural e econômica da conquista: “A cachaça é um símbolo da nossa cultura e um vetor da economia rural. Minas tem orgulho de ser referência nacional na produção da bebida e seguimos trabalhando para fortalecer ainda mais o setor.”

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    cachaça capital da cachaça Lamim Minas Gerais pinga
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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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