Resumo da notícia
- O Brasil possui o quarto maior rebanho de cavalos do mundo, com mais de 5,7 milhões de animais, movimentando cerca de R$ 30 bilhões e envolvendo mais de 3 milhões de pessoas em diversas atividades.
- As cinco principais raças brasileiras — Mangalarga Marchador, Campolina, Crioulo, Quarto de Milha e Brasileiro de Hipismo — têm características específicas que atendem a usos variados, como trabalho rural, esportes e lazer.
- O Mangalarga Marchador é a raça mais numerosa, valorizada por sua marcha confortável e versatilidade, enquanto o Campolina se destaca pela marcha elegante e porte imponente, muito apreciado em eventos tradicionais.
- O setor equestre brasileiro é diversificado e econômico, abrangendo desde criação e competições até uma cadeia produtiva ampla, reforçando a importância cultural e financeira dos cavalos no país.
O Brasil é um dos maiores mercados de criação de cavalos no mundo, com rebanho que ultrapassa 5,7 milhões de animais, ocupando o quarto lugar global, atrás apenas dos Estados Unidos, China e México.
O setor movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano e envolve mais de 3 milhões de pessoas, abrangendo desde a criação para trabalho rural, lazer e esportes equestres, até uma cadeia produtiva ampla que inclui ração, veterinária, ferrageamento e selarias.
As cinco principais raças de cavalos criadas no Brasil representam uma diversidade de adaptações e utilizações, cada uma com características específicas que as tornam únicas e valiosas para diferentes atividades e setores do mercado.
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Mangalarga Marchador
A raça mais numerosa e reconhecida do Brasil, criada no século XIX a partir do cruzamento de cavalos Árabe, Alter e Andaluz. Destaca-se pela marcha em quatro tempos, que oferece conforto ao cavaleiro, e por sua alta resistência e versatilidade. Os exemplares geralmente têm cerca de 1,52 m de altura, pelagem sedosa, temperamento dócil e vigoroso, sendo usados em esportes hípicos, cavalgadas e trabalhos rurais.

Campolina
Reconhecida por seu porte imponente, podendo atingir até 1,75 m na altura e 500 kg de peso, essa raça foi desenvolvida no final do século XIX por Cassiano Campolina. É famosa pela marcha suave e elegante, excelente para cavalgadas, provas de marcha e desfiles. Sua beleza e docilidade fazem dela uma raça bastante apreciada em eventos tradicionais brasileiros.

Crioulo
Originário dos Pampas do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina, o Cavalo Crioulo é extremamente resistente, resultado de anos de seleção natural. Com umas ênfases em sua robustez, agilidade e fertilidade, é usado tanto no trabalho com gado quanto em atividades de lazer. Sua resistência a adversidades ambientais o torna um símbolo do cavalo brasileiro de origem rural.

Quarto de Milha
Origem americana, mas bastante difundida no Brasil, o Quarto de Milha destaca-se pelo rendimento em provas de velocidade, resistência e trabalho com gado. Com altura média de 1,50 a 1,55 m, é apreciado tanto na cavalgada quanto em competições de rodeio. É uma raça de grande valor econômico e esportivo no mercado brasileiro.

Brasileiro de Hipismo
Raça moderna que surgiu na década de 1970, combinando linhagens europeias como Hanoveriana, Holsteiner, Oldenburger e Trakehner, voltada às competições de salto, adestramento e hipismo rural. Os cavalos costumam medir cerca de 1,68 m e pesar aproximadamente 600 kg, sendo utilizados em esportes de alto nível, com forte participação em eventos internacionais.

Essas raças representam a riqueza do setor equestre brasileiro. Setor que movimenta aproximadamente R$ 30 bilhões anuais, considerando as diversas aplicações do cavalo no campo, na competição e no lazer.