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    Embalagem inteligente: ela muda de cor para avisar que o peixe estragou

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte07/05/2025Atualizado:07/05/2025
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    Foto: Matheus Falanga
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    Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor para indicar a deterioração de alimentos, como peixes. Cientistas da Embrapa Instrumentação (SP), em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, criaram a tecnologia utilizando pigmentos naturais extraídos do repolho roxo.

    A inovação emprega a técnica de fiação por sopro em solução para produzir mantas de nanofibras inteligentes. Essas mantas, utilizadas como embalagens, são capazes de monitorar a qualidade de alimentos em tempo real pela alteração da cor. A interação química entre os compostos liberados durante a deterioração e o material da embalagem desencadeia a mudança de cor.

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    Em testes laboratoriais com filés de merluza, a manta apresentou ótimos resultados. Inicialmente, a cor roxa indicava que o alimento estava apropriado para consumo. Após 24 horas, a cor tornou-se menos intensa; após 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados. E passadas 72 horas, a coloração azul sinalizou a deterioração do filé de peixe armazenado, sem a necessidade de abrir a embalagem. ​

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    Josemar Gonçalves de Oliveira Filho desenvolveu o processo para embalagem inteligente em seu pós-doutorado. Foto: Matheus Falanga

    Segundo o pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, “as nanofibras demonstraram capacidade de monitorar a deterioração de filés de peixe em tempo real, revelando potencial como materiais de embalagem inteligentes para alimentos”. ​

    Pesquisa brasileira

    A técnica de fiação por sopro em solução (SBS) foi desenvolvida em 2009 por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Embrapa Instrumentação e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ela é capaz de produzir micro e nanoestruturas poliméricas com diversas vantagens, como rapidez no desenvolvimento das nanofibras, escalabilidade, versatilidade, fácil manejo, baixo custo e menor consumo de energia. ​

    A pesquisa utilizou antocianinas, pigmentos naturais encontrados em plantas, frutas, flores e vegetais, que mudam de cor conforme o pH do meio em que se encontram. Os pesquisadores extraíram as antocianinas de resíduos de repolho roxo, rico nesse pigmento, e combinaram com a policaprolactona, um polímero biodegradável que possui boa flexibilidade e resistência mecânica. Essa combinação resultou em nanofibras capazes de monitorar mudanças de pH, detectar a produção de amônia e aminas voláteis. Além de identificar o crescimento de bactérias, indicadores essenciais para sinalizar a deterioração em produtos como peixe e frutos do mar. ​

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    O sistema,utiliza pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Foto: Matheus Falanga

    A produção da manta de nanofibras inicia com uma solução polimérica, obtida pela mistura e agitação da policaprolactona, extrato de repolho e ácido acético. Essa solução é então introduzida no equipamento de SBS, que utiliza gás comprimido e um coletor rotativo para formar as nanofibras em escala nanométrica. Elas são similares a fibras de algodão. ​

    O uso de resíduos do setor varejista para extrair antocianinas e aplicá-las como indicadores colorimétricos pode agregar valor a esses alimentos descartados. Ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental negativo do descarte. Além disso, pode trazer segurança aos alimentos armazenados ao detectar rapidamente a sua deterioração.

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    Henrique Rodarte
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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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