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    Embrapa lança sistema digital que protege produção de macadâmia

    Tecnologia mapeia pragas e pode evitar prejuízos milionários na cultura da noz premium
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte12/08/2025
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    Foto: Leonardo Moriya/Embrapa
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    Resumo da notícia

    • A Embrapa Meio Ambiente lançou o InsetoNutWeb, sistema digital gratuito que reúne dados inéditos sobre insetos e ácaros que afetam plantações de macadâmia no Brasil e em 20 países produtores.
    • O sistema identifica 18 pragas quarentenárias ausentes no Brasil, que representam risco iminente para a macadâmia e outros cultivos, auxiliando na prevenção e monitoramento dessas ameaças.
    • Desenvolvido em parceria com a QueenNut, o projeto mapeou espécies no polo produtor de Dois Córregos (SP) e oferece informações detalhadas sobre hábitos, localização e manejo integrado de pragas.
    • O lançamento é estratégico diante do crescimento global de 55% no consumo de castanhas e nozes, refletindo a importância do mercado para o Brasil e a necessidade de proteger as plantações.

    Resumo gerado pela redação.

    A produção brasileira de macadâmia acaba de ganhar uma arma poderosa contra pragas e doenças. A Embrapa Meio Ambiente (SP) desenvolveu o InsetoNutWeb, um sistema digital gratuito que reúne informações inéditas sobre insetos e ácaros que afetam plantações de macadâmia no Brasil e em 20 países produtores.

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    O sistema web, acessível por computadores e tablets iOS e Android, representa um marco para o setor. Pela primeira vez, o Brasil conta com uma ferramenta tecnológica específica para mapear a entomofauna e acarofauna da macadâmia – conjunto de insetos e ácaros que podem ser tanto pragas quanto inimigos naturais.

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    “Trata-se de um sistema inovador, uma vez que não existe no País tecnologia semelhante com foco nessa noz”, explica a pesquisadora Jeanne Prado, líder do projeto InsetoNut.

    A iniciativa nasceu de um acordo de cooperação técnica entre Embrapa e QueenNut Indústria e Comércio de Alimentos, executado entre setembro de 2019 e setembro de 2024. O projeto mapeou tanto espécies já presentes no Brasil quanto pragas exóticas identificadas em países como Austrália, África do Sul, China, Estados Unidos e Nova Zelândia.

    Sistema InsetoNutWeb identifica 18 espécies quarentenárias que ameaçam cultivos brasileiros e oferece informações estratégicas para produtores. Foto: Leonardo Moriya/Embrapa

    O trabalho de campo se concentrou principalmente em Dois Córregos (SP), importante polo produtor nacional, onde foram coletados ramos, folhas e frutos das cultivares IAC 4-12B e HAES 333 entre 2020 e 2025.

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    18 pragas quarentenárias ameaçam cultivos nacionais

    Uma das descobertas mais alarmantes do estudo foi a identificação de 18 espécies exóticas sinalizadas pelo Ministério da Agricultura como Pragas Quarentenárias Ausentes (PQA) para o Brasil. Essas pragas representam risco iminente de entrada no País com potencial para causar prejuízos não apenas à macadâmia, mas a diversos outros cultivos nacionais.

    Flores e frutos da macadâmia. Foto: Leonardo Moriya

    “Muitas são as espécies de pragas relatadas no exterior e com possibilidade de ingresso no país, sendo necessário conhecê-las para realizar prevenção e monitoramento apropriados”, alerta a pesquisadora Maria Conceição Pessoa.

    Sistema oferece interface interativa para produtores

    O InsetoNutWeb se destaca pela interface interativa que permite buscas detalhadas sobre espécies identificadas. Os usuários podem consultar:

    • Hábitos alimentares de insetos e ácaros
    • Localização das pragas nas plantas
    • Fotografias das espécies coletadas
    • Informações para Manejo Integrado de Pragas (MIP)

    Mercado da macadâmia cresce 55% globalmente

    O timing do lançamento é estratégico. Dados do International Nut & Dried Fruit Council mostram que o consumo de castanhas e nozes cresceu 55% entre 2008 e 2018 em países de economia alta e média, categoria na qual o Brasil se insere.

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    Atualmente, o País possui plantações comerciais em nove estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo – este último responsável por 50% da produção nacional.

    Apesar do potencial, o setor enfrenta obstáculos importantes. A produção brasileira despencou cerca de 30% em 2025, caindo de picos de 8.500 toneladas em 2019 para menos de 4 mil toneladas. A queda é atribuída principalmente a condições climáticas adversas, como seca e calor excessivo durante a floração.

    Investimento alto, mas rentabilidade atrativa

    O cultivo da macadâmia exige:

    • Investimento inicial: R$ 15 mil por hectare
    • Custos operacionais anuais: até R$ 25 mil por hectare
    • Receita potencial: R$ 50 mil por hectare em safras favoráveis
    • Preço no mercado interno: até R$ 180 por quilo beneficiada

    Brasil busca posição no mercado global

    Embora esteja entre os dez maiores produtores mundiais, o Brasil representa menos de 3% da produção global. No entanto, o mercado mundial cresce mais de 8% ao ano, tornando a macadâmia a oleaginosa de maior valorização atualmente.

    O engenheiro agrônomo Leonardo Moriya, da QueenNut, destaca que o sistema tem potencial para apoiar planos oficiais de emergência contra pragas quarentenárias, fortalecendo a defesa fitossanitária nacional.

    Tecnologia fortalece “minor crops” brasileiras

    O InsetoNutWeb representa um avanço importante para as chamadas Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), conhecidas como “minor crops”. A macadâmia está incluída no Grupo 1B (frutas com casca não comestível), junto com mamão e manga.

    “A continuidade do monitoramento permitirá à cadeia produtiva brasileira se preparar melhor para os riscos fitossanitários”, enfatizam os pesquisadores Prado e Moriya.

    Para consolidar a posição brasileira no mercado global da macadâmia, especialistas apontam a necessidade de:

    • Investimentos em genética e mecanização
    • Desenvolvimento de cultivares adaptadas ao clima tropical
    • Diversificação através de consórcios com outras culturas
    • Estratégias comerciais mais eficientes

    O sistema InsetoNutWeb está disponível gratuitamente e representa um exemplo de como ciência aplicada e tecnologia podem impulsionar culturas agrícolas estratégicas, fortalecendo a segurança fitossanitária do País.

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    Henrique Rodarte
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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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