Resumo da notícia
- De janeiro a outubro de 2025, o agronegócio do Espírito Santo exportou U$ 2,67 bilhões, com a pimenta-do-reino como terceiro maior gerador de divisas, respondendo por 69% da exportação nacional da especiaria.
- As receitas com pimenta-do-reino mais que dobraram em relação a 2024, passando de U$ 134,3 milhões para U$ 296,6 milhões, impulsionadas pelo aumento do volume e valorização do preço médio internacional.
- A pimenta-do-reino já representa 11% das exportações do agronegócio capixaba em 2025, crescimento de 6,5 pontos percentuais em relação a 2024, consolidando-se como uma das principais âncoras da pauta agroexportadora do estado.
- A produtividade da pimenta-do-reino no Espírito Santo cresceu significativamente, com a produção multiplicada por quase nove vezes na última década e produtividade média de 3.634 quilos por hectare em 2024, destacando o estado como referência nacional.
De janeiro a outubro de 2025, o agronegócio do Espírito Santo movimentou U$ 2,67 bilhões em exportações, com mais de 2 milhões de toneladas embarcadas. Nesse cenário, a pimenta-do-reino capixaba se consolidou como o terceiro produto que mais gera divisas para o Estado, reforçando sua importância estratégica na pauta agroexportadora.
Até o décimo mês de 2025, o Espírito Santo respondeu por 69% da pimenta-do-reino exportada pelo Brasil. As divisas com a especiaria mais que dobraram em relação ao mesmo período de 2024: passaram de U$ 134,3 milhões para U$ 296,6 milhões. No mercado internacional, o preço médio subiu de US 4,32 por quilo para U$ 6,16 por quilo, combinando maior volume embarcado com valorização do produto.
Desempenho
O desempenho de 2025 já supera com folga o resultado anual de 2024. No ano passado, de janeiro a dezembro, o Espírito Santo exportou U$ 163,2 milhões em pimenta-do-reino. Apenas nos dez primeiros meses deste ano, a receita ficou 81% acima de todo o resultado de 2024, evidenciando o salto da especiaria na balança comercial capixaba.
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A participação da pimenta-do-reino na pauta do agronegócio do Espírito Santo também avançou. Em 2025, o produto já responde por 11% das exportações do setor, um crescimento de 6,5 pontos percentuais em comparação com 2024, quando a fatia era de 4,5%. O movimento reforça a pimenta-do-reino como uma das principais âncoras das exportações agrícolas capixabas.
“A pimenta-do-reino capixaba é um exemplo claro de como o Espírito Santo transforma vocação em resultado. Essa especiaria que tempera o mundo chegou a 59 países de janeiro a outubro. É uma cadeia que gera emprego, renda e tem potencial para crescer ainda mais. Vamos continuar investindo em assistência técnica, inovação e sustentabilidade para que o Espírito Santo siga sendo referência no campo e na mesa do brasileiro”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
Produtividade em alta no campo
O avanço nas exportações de pimenta-do-reino capixaba está ligado também ao salto de produtividade no campo. Nos últimos dez anos, o Espírito Santo multiplicou sua produção por quase nove vezes. A área plantada cresceu 658% desde 2014 e, mesmo com a oscilação natural observada entre 2023 e 2024, os indicadores se mantêm em patamar histórico.
Em 2024, a produtividade média da pimenta-do-reino no Estado fechou em 3.634 quilos por hectare, consolidando o Espírito Santo como uma das principais referências nacionais na produção e na exportação da especiaria.