Belo Horizonte se prepara para sediar a 34ª edição da Expocachaça, maior evento dedicado à cachaça de alambique no mundo, entre os dias 7 e 9 de agosto. O encontro, que acontece no CenterMinas Expo, ocupará três pavilhões e 12.170 m², confirmando-se como a maior edição já realizada. A organização espera movimentar R$ 30 milhões na economia e impulsionar toda a cadeia produtiva do setor.
A feira reúne aproximadamente 250 expositores e mais de 2.000 marcas de cachaça provenientes de 18 estados brasileiros. “Queremos promover o produto nacional, fomentar negócios e continuar agregando valor à cachaça. Em todas as edições, a Expocachaça movimentou cerca de R$ 500 milhões”, diz José Lúcio Mendes, diretor do evento.
Minas + Doce
Além da cachaça, a Expocachaça traz o projeto Minas + Doce, com curadoria de Rosilene Campolina, para valorizar a doçaria artesanal mineira, e ainda a 18ª edição da BrasilBier, dando visibilidade às cervejas especiais nacionais.
O evento conta com patrocínio do Governo de Minas Gerais, Cemig (via Lei de Incentivo à Cultura), Sicoob Divicred e apoio da Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo dados setoriais, a produção nacional de cachaça em 2024 chegou a 292,46 milhões de litros, crescendo 29,6% em relação ao ano anterior. O Sudeste responde por 59% desse total.
Apesar da retração das exportações, concentradas em US$ 14,54 milhões este ano, o mercado interno se mantém aquecido, gerando mais de 6.300 empregos diretos mensais (CAGED/MTE). Por isso, a Expocachaça se consolida como principal palco para negócios, renda e promoção da cultura da cachaça.
Cachaça: tradição e economia
A cachaça, muito além de símbolo cultural, movimenta um mercado robusto, gera milhares de empregos e mantém uma tradição secular no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça, o país produz 1,4 bilhão de litros por ano, predominando o consumo interno.
Com mais de 40 mil produtores ativos, 98% pequenos negócios familiares, a cachaça resulta em 600 mil empregos diretos e indiretos. Minas Gerais lidera a produção registrada nacionalmente, respondendo por quase 40% das cachaçarias e 34% dos rótulos disponíveis.
Segundo o Anuário da Cachaça 2025, Minas conta com 501 cachaçarias registradas e 2.492 rótulos, refletindo o valor histórico e a excelência dos alambiques mineiros, muitos com produção artesanal e tradição de séculos.
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