Evento deve reunir 7 mil visitantes e superar R$ 250 milhões em negócios
Foto: divulgação - Fiman

Paranavaí, no noroeste do Paraná, se prepara para receber a 4ª Feira Internacional da Mandioca (Fiman), marcada para os dias 25, 26 e 27 de novembro. Reconhecida como a Capital da Mandiocultura Industrial, a cidade espera público recorde e volume de negócios superior a R$ 250 milhões, alcançado na última edição.

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O evento, realizado no Parque Internacional de Exposições Costa e Silva, promete ser o maior da história do setor. A feira discutirá inovação, sustentabilidade e soluções para o aumento da produtividade da mandioca.

Brasil é destaque na produção global

A Fiman abordará o papel do Brasil no mercado internacional. O país é o quinto maior produtor mundial, responsável por 5,7% da produção global. Em 2024, o setor movimentou R$ 18 bilhões, com 19 milhões de toneladas colhidas e quase um milhão de propriedades rurais envolvidas na atividade.

Para Ivo Pierin, vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), organizadora do evento, a feira é o principal ponto de encontro da cadeia produtiva. “A Fiman reúne indústrias, fornecedores e centros de pesquisa. É a vitrine de novas variedades, equipamentos e tecnologias em mecanização e aproveitamento da mandioca”, afirma Pierin.

Cidade se consolida como centro da mandiocultura

Com a presença de comitivas nacionais e internacionais, a Fiman 2025 deve superar os resultados da edição anterior. O prefeito de Paranavaí, Mauricio Gehlen, destaca que o município é referência mundial em produção inteligente e industrialização da mandioca. “A feira promove parcerias e impulsiona o desenvolvimento. A mandioca é estratégica para a segurança alimentar e o Brasil é líder no setor”, ressalta.

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A expectativa é reunir representantes de mais de 20 países, consolidando Paranavaí como referência global em mandiocultura industrial.

Paraná lidera produtividade

Segundo o IBGE, o Paraná apresentou rendimento médio de 26.822 kg por hectare em 2024, bem acima da média nacional de 15.465 kg/ha. Essa eficiência sustenta a indústria da fécula, que produziu 689,3 mil toneladas no ano passado, sendo o Paraná responsável por 65,6% do total.

Pierin, também presidente do Sindicato Rural de Paranavaí e membro da FAEP, destaca que a feira incentiva a integração entre produtores, empreendedores e pesquisadores. “Os produtores terão contato direto com indústrias, novas pesquisas e oportunidades de investimento em fécula e farinha”, explica.

Inovação, conhecimento e negócios

Com entrada gratuita, das 13h às 20h, a Fiman 2025 será um centro de conhecimento, inovação e negócios.
A programação inclui rodadas de negócios promovidas pelo Sebrae, Dia de Campo (27/11), Ideathon — maratona de ideias para soluções em produção de fécula — e palestras técnicas sobre inovação, sustentabilidade e novos mercados.

Entre os expositores confirmados estão Cresol, Marquesfund, Secamaq, Podium, VMAQ, Petra Agronegócio, além das chinesas Sino Food e Bosida.

Programação de palestras técnicas

25/11 – terça-feira
• Manejo Integrado de Mosca Branca e Mandarová na Cultura da Mandioca – Rudiney Ringenberg (Embrapa)
• Ecossistema Biometano New Holland – Gean Severo Cembranel (New Holland)
26/11 – quarta-feira
• Nova Vassoura de Bruxa da Mandioca – Herminio Souza Rocha (Embrapa)
• Do Resíduo ao Resultado: A Nova Era da Eficiência na Extração Agrícola – João Marques Sobrinho (MarquesFund)
• Bacillus cereus na indústria de derivados de mandioca: desafios regulatórios e estratégias de controle – José Lucas Rezende (Rezende Tecnologia)
27/11 – quinta-feira
• Materiais de plantio de mandioca – Rede Reniva – Helton Fleck da Silveira e Herminio Souza Rocha (Embrapa)