A Conab deixou claro: a soja brasileira vem forte. Muito forte. A estatal projeta que as exportações do grão devem alcançar 112,1 milhões de toneladas na safra 2025/2026. É um salto de 5,11%. Poucos setores crescem assim, quase sem fazer barulho — mas crescem.

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E o motivo aparece logo no início da lavoura. A área plantada deve subir para 49,07 milhões de hectares. São quase dois milhões a mais do que no ciclo passado. É chão demais. Mas o produtor segue confiante, quase teimoso. Planta porque sabe que tem mercado. E tem mesmo.

A produtividade? Firme. Praticamente igual ao último ciclo: 3.620 kg por hectare. Além disso, nada de grandes rupturas aqui. Apenas aquela constância boa, meio silenciosa, que o campo entende bem. E, conforme o clima ajuda — e tudo indica que vai ajudar — a máquina roda sem soluço. No fim das contas, é o tipo de regularidade que deixa o produtor respirar um pouco melhor.

No comércio exterior, o Brasil já prepara o bote. As exportações devem bater recorde histórico. Um novo topo. Lá fora, principalmente na China, a demanda continua acesa. É proteína vegetal pra todo lado. É fábrica, é ração, é indústria puxando o ritmo. E o Brasil entrega. Entrega muito.

Safra de grãos no Brasil

A safra total de grãos deve chegar a 354,8 milhões de toneladas. Quem lidera esse pelotão? A soja, claro. É ela que empurra, que abre caminho, por exemplo, que segura a barra das exportações quando o resto oscila.

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Condições climáticas mais gentis. Plantio acelerado nas principais regiões. Logística que — aos trancos e barrancos — vai melhorando. Custos ainda competitivos. E tecnologia que já virou parte da rotina, quase como se fosse mais um funcionário da fazenda.

Tudo isso junto empurra a soja para mais um ciclo vigoroso. Talvez o mais forte. Talvez só mais um capítulo dessa história longa, que o Brasil parece contar de olhos fechados.