Resumo da notícia
- O Ministério de Portos e Aeroportos autorizou a Codeba a iniciar estudos para reativar a Hidrovia do São Francisco, visando concessão privada e movimentação de 5 milhões de toneladas no primeiro ano.
- A hidrovia terá 1.371 km navegáveis entre MG, BA e PE, substituindo até 1,2 mil caminhões por comboio fluvial, reduzindo emissões de CO₂ e desgaste das estradas.
- O projeto escoará produtos agrícolas e minerais, integrando rodovias e ferrovias para aumentar eficiência, com intervenções em 604 km na primeira fase e 17 novas instalações portuárias.
- Editais para unidades em Petrolina e Juazeiro serão lançados em setembro, com obras previstas para começar em janeiro de 2026, fortalecendo a economia e logística do Nordeste.
O Ministério de Portos e Aeroportos autorizou a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) a iniciar estudos técnicos para reativar a Hidrovia do São Francisco. O ministro Silvio Costa Filho assinou a portaria, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (26).
Os estudos vão analisar a viabilidade operacional, logística e regulatória do projeto. O objetivo é viabilizar uma concessão privada para a infraestrutura e retomar a navegação de forma sustentável na região.
A expectativa do governo é movimentar 5 milhões de toneladas de carga já no primeiro ano de operação. O projeto também prevê a integração com ferrovias e rodovias.
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Para o ministro Silvio Costa Filho, a retomada será estratégica para o desenvolvimento do Nordeste. Ele afirmou que a reativação vai fortalecer a economia local com um transporte mais eficiente e sustentável. Com 1.371 quilômetros navegáveis entre Pirapora (MG), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), a hidrovia oferecerá uma rota mais econômica para o transporte de cargas.
Economia
Um único comboio fluvial pode substituir até 1,2 mil caminhões. Essa mudança reduz drasticamente a emissão de CO₂ e o desgaste das estradas, além de consumir menos energia.
A hidrovia escoará produtos como gesso agrícola, gipsita, calcário, açúcar, óleo e sal. A rota abastecerá o Sudeste e a região do MATOPIBA, importante polo agrícola. O café fará o caminho inverso, indo de Minas Gerais para o Nordeste. O projeto divide-se em três etapas, focadas na integração com rodovias e ferrovias para aumentar a eficiência e cortar custos.
A primeira fase prevê intervenções em 604 km entre Juazeiro e Ibotirama (BA). A obra também inclui a construção de 17 instalações portuárias de pequeno porte. Os editais para as unidades de Petrolina e Juazeiro saem em setembro, com início das obras previsto para janeiro de 2026.