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    IA identifica mais de 600 castanheiras nativas  na Amazônia

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte28/04/2025
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    Foto: Mauricilia Pereira/Embrapa
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    O uso de inteligência artificial (IA) e drones vem revolucionando os inventários florestais na Amazônia. Em um sobrevoo de pouco mais de duas horas, a metodologia Netflora, desenvolvida pela Embrapa Acre, identificou 604 castanheiras-da-amazônia (Bertholletia excelsa) e mais de 14 mil outras árvores em uma área de 1.150 hectares na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, no Amazonas.

    Essa inovação representa um salto de eficiência em comparação aos métodos tradicionais, que exigem 73 dias de trabalho e uma equipe de cinco profissionais para cobrir a mesma área.

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    O projeto, conduzido em fevereiro de 2025, integra o Projeto Geoflora, uma parceria da Embrapa Amazônia Ocidental com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema/AM), financiada pelo Fundo JBS pela Amazônia.

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    Segundo o pesquisador Evandro Orfanó, da Embrapa Acre, o uso de IA no inventário florestal permite uma gestão mais sustentável dos castanhais nativos e de outras espécies, conectando o conhecimento científico aos sistemas tradicionais de uso da terra.

    Aplicativo facilita coleta e monitoramento de castanhais

    Os moradores da RDS do Uatumã terão acesso a um inventário digital por meio de um aplicativo de celular. A ferramenta disponibiliza planilhas, mapas dinâmicos e localização precisa das árvores, otimizando o trabalho dos extrativistas.

    “Será possível navegar na floresta como fazemos em cidades usando aplicativos de mapas, cada árvore mapeada terá um endereço único, representado por coordenadas geográficas”, explica Orfanó.

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    Divulgação

    Além de melhorar a coleta, o sistema de georreferenciamento diminui o esforço físico, reduzindo as longas caminhadas dos extrativistas e contribuindo para a preservação dos recursos naturais.

    Netflora já mapeou mais de 70 mil hectares na Amazônia

    Tradicionalmente, uma equipe precisa de um dia inteiro para mapear cerca de 20 hectares. Com a metodologia Netflora, é possível mapear até 3.500 hectares por dia, produzindo informações detalhadas sobre a floresta a uma velocidade de 2 hectares por segundo.

    De acordo com Orfanó, essa inovação já mapeou mais de 70 mil hectares e permitiu a construção de um amplo banco de dados de imagens de espécies florestais, captadas por drones com câmeras RGB. Além disso, a tecnologia reduz em cerca de 90% os custos operacionais.

    Castanha-da-amazônia e a valorização do extrativismo sustentável

    A coleta da castanha-da-amazônia é fundamental para a economia das comunidades locais, integrando práticas de bioeconomia e sustentabilidade.

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    A pesquisadora Kátia Emídio da Silva, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Amazônia Ocidental, coordena o projeto Otimização da Coleta Extrativista da Castanha-do-Brasil no Amazonas, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

    A inovação reduz cerca de 90% dos custos em relação a inventários florestais tradicionais. Ao mesmo tempo em que aumenta a precisão e a eficiência do monitoramento ambiental. Foto: Caio Alexandre Santos/Embrapa

    O projeto visa instalar cabos aéreos (semelhantes a tirolesas) para transportar castanhas em áreas de difícil acesso. Assim, diminuindo o esforço físico e prevenindo problemas de saúde entre os extrativistas.

    “Com o apoio do Netflora, conseguimos mapear as castanheiras e planejar melhor a instalação dos cabos. Ampliando as áreas de coleta e tornando a atividade menos exaustiva”, afirma Silva.

    Jovens e novas oportunidades para o extrativismo

    A introdução de novas tecnologias, como o Netflora e os cabos aéreos, também busca atrair jovens para o extrativismo, atividade que muitos evitam devido ao esforço físico exigido.

    Além da castanha, a varredura do Netflora identificou outras espécies de interesse comercial, como breu, baru e copaíba. Que agora também poderão ser manejadas de forma sustentável na RDS do Uatumã.

    castanheira
    Cerca de um ano após o seu lançamento, Netflora já mapeou mais de 70 mil hectares de florestas na Amazônia. Imagem: Evandro Orfano

    A ampliação do banco de dados do Netflora tem sido fundamental para o reconhecimento automático de espécies. Atualmente, os algoritmos processam dados de diversas regiões, conseguindo identificar padrões regionais e espécies semelhantes, mesmo em áreas nunca antes analisadas.

    “Já conseguimos reconhecer a copa de uma palmeira da região Nordeste em áreas distintas, o que demonstra a capacidade de generalização dos algoritmos”, destaca Orfanó.

    O cruzamento de imagens captadas pelos drones com dados existentes também possibilitou a identificação de clareiras, árvores mortas e novas espécies. Ampliando significativamente o conhecimento sobre a diversidade da floresta amazônica.

    Como acessar e utilizar o Netflora

    O Netflora está disponível gratuitamente no repositório do GitHub. E pode ser utilizado por meio de um Notebook Colab, plataforma colaborativa hospedada na nuvem do Google.

    Não é necessário ter conhecimento avançado para utilizar a ferramenta. Um curso gratuito, “Detecção de espécies florestais com uso do Netflora”, está disponível na plataforma e-Campo da Embrapa, oferecendo um passo a passo para sua implementação.

    Para mais informações e para acessar os algoritmos, basta visitar a página oficial do Netflora.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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