Resumo da notícia
- Um turista em Peruíbe registrou o ataque da lagosta-boxeadora, espécie conhecida pelo golpe mais rápido e potente do reino animal, que pode superar 80 km/h e quebrar carapaças e até vidro de aquário.
- O golpe da lagosta-boxeadora gera cavitação, produzindo um segundo impacto que pode atordoar ou matar presas, resultado da força exercida por seus apêndices chamados “dactyl clubs”.
- A lagosta possui visão avançada, capaz de enxergar do ultravioleta ao infravermelho e identificar luz polarizada, sendo comum em recifes do Indo-Pacífico, mas rara em praias como a do Guaraú.
- Especialistas alertam para os riscos do contato com a lagosta-boxeadora, recomendando apenas observação, pois seus golpes rápidos podem causar ferimentos graves aos humanos.
Resumo gerado pela redação.
Um vídeo gravado na praia do Guaraú, em Peruíbe, litoral de São Paulo, mostra o momento em que um turista é surpreendido pelo ataque de uma lagosta-boxeadora (Odontodactylus scyllarus), popularmente conhecida como camarão-louva-a-deus-palhaço. A espécie, que pode atingir até 18cm de comprimento, destaca-se não só pela coloração exuberante — com tons de verde, azul e laranja — mas também por deter o recorde do golpe mais veloz e potente do reino animal.
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O turista Rafael Marchezetti Correia, autor das imagens, contou que, ao encontrar o animal, ficou em dúvida sobre a identificação. “Fiquei entre camarão-pistola ou lagosta-boxeadora”, afirmou. Utilizando recursos de inteligência artificial e consultando uma amiga bióloga, ele chegou à resposta correta. O vídeo, gravado em maio deste ano, viralizou nas redes sociais nas últimas semanas.
Golpes passam de 80km/h
A lagosta-boxeadora impressiona pela capacidade de desferir golpes com velocidade superior a 80km/h, movimento que gera uma aceleração comparável à de uma arma calibre 22. Com uma pressão de 60kg/cm², ele é capaz de quebrar a carapaça de um caranguejo e até mesmo, em alguns casos, o vidro de um aquário.
A força do ataque se deve à anatomia singular dos apêndices anteriores, conhecidos como “dactyl clubs”. Além do impacto inicial, o movimento provoca cavitação: a formação e colapso de bolhas na água, criando um segundo impacto capaz de atordoar ou até mesmo matar presas resistentes. “A sua força é impressionante, é como se fosse um animal grande”, relatou Correia após devolver o crustáceo ao mar.
Além da potência física, a lagosta-boxeadora se destaca pelos olhos altamente desenvolvidos. Eles são capazes de enxergar do espectro ultravioleta ao infravermelho e identificar luz polarizada — visão muito superior à dos seres humanos. Apesar de rara à beira-mar, a espécie é comum em recifes de coral e substratos de regiões tropicais do Indo-Pacífico, vivendo escondida entre rochas e tocas feitas em profundidades de até 40m.
Embora cause fascínio por suas habilidades, especialistas alertam para os riscos do contato direto. Seus golpes rápidos podem causar ferimentos sérios, por isso, o ideal é apenas observar e evitar manuseá-la. A lagosta-boxeadora é uma verdadeira maravilha dos mares, combinando exuberância e força sem igual no mundo animal.
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