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    Microrganismos aceleram produção de mudas de abacaxi

    Henrique RodartePor Henrique Rodarte06/02/2025Atualizado:06/02/2025
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    A técnica de microbiolização, que utiliza microrganismos benéficos associados ao gênero Ananas, tem mostrado grande potencial para otimizar a produção de mudas de abacaxi. Pesquisa da Embrapa em colaboração com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) indica que essa inovação pode reduzir o tempo de aclimatização das mudas micropropagadas em até 34%. Além disso, permite a produção de três ciclos de mudas no tempo em que normalmente seriam realizados dois ciclos.

    A produção de mudas de abacaxi é um dos principais desafios enfrentados por viveiristas e abacaxicultores. O processo, que pode levar até um ano, exige uma grande quantidade de mudas por hectare, estimadas em mais de 30 mil para cada área plantada. A microbiolização, que usa bactérias do próprio microbioma do solo do abacaxi, acelera a aclimatização das mudas, reduzindo o tempo de adaptação das plantas em casa de vegetação de 180 para 120 a 135 dias, com ganhos de até 34% na eficiência do processo.

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    Segundo Fernanda Vidigal, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), a utilização de microrganismos relacionados ao ambiente natural do abacaxi oferece resultados promissores, já que essas bactérias coevoluíram com a planta e se adaptaram ao seu microbioma. “Esses microrganismos são mais eficazes por não precisarmos nos preocupar com antagonismos ou incompatibilidades”, afirma a pesquisadora.

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    Impactos econômicos para a produção de mudas

    Com a redução do tempo de aclimatização das mudas, a técnica permite que as biofábricas realizem três ciclos produtivos em vez de dois. Aumentando assim significativamente a quantidade de mudas produzidas em um ano. Isso não só reduz custos, mas também torna o processo economicamente viável, proporcionando mudas mais saudáveis e com maior vigor.

    Plantio de mudas micropropagadas de abacaxi BRS Imperial. Foto: Polyana Santos da Silva/Embrapa

    O fitopatologista Saulo Oliveira, coautor da pesquisa, destaca que a redução do tempo de aclimatização pode ter um impacto significativo no número de ciclos anuais de produção. “Se o ciclo era de 180 dias e agora é de 120, podemos realizar três ciclos no tempo de dois. Isso faz uma grande diferença para a empresa produtora de mudas”, explica Oliveira.

    A pesquisa e o futuro da microbiolização

    O estudo, publicado na revista Scientia Horticulturae, é um desdobramento de pesquisas anteriores realizadas pela Embrapa e pela UFRB. Elas buscam aprimorar o processo de produção de mudas e promover um cultivo mais sustentável e eficiente. A pesquisa focou na variedade BRS Imperial, conhecida por sua resistência à fusariose, a mais severa doença do abacaxizeiro, e sua alta aceitação no mercado por seu elevado teor de açúcar e ausência de espinhos na coroa e casca.

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    A redução do tempo de aclimatização e o aumento do vigor das mudas são apenas algumas das vantagens da microbiolização. A técnica também tem o potencial de reduzir a dependência de insumos químicos, promovendo um cultivo mais sustentável e com menos impacto ambiental.

    Desafios e perspectivas para o setor de abacaxi

    A demanda por mudas de abacaxi de alta qualidade e a necessidade de uma produção mais eficiente fazem da microbiolização uma inovação importante para o setor. Como aponta Herminio Rocha, engenheiro agrônomo da Embrapa, a multiplicação de mudas de abacaxi por biofábricas pode ser um processo caro e inviável para muitos produtores. A Rede Ananás, uma iniciativa da Embrapa, visa melhorar a distribuição de mudas de qualidade e com sanidade vegetal comprovada. Isso utilizando a técnica do seccionamento de talo, além de integrar a microbiolização para melhorar a qualidade agronômica das mudas.

    A microbiolização surge como uma alternativa promissora para reduzir o tempo de produção. Além de melhorar a qualidade das mudas de abacaxi, um dos principais gargalos da cultura. A continuidade dos estudos sobre os microrganismos benéficos associados ao gênero Ananas pode levar a avanços ainda maiores. E permitir a produção de mudas mais resistentes a doenças, como a fusariose e a murcha do abacaxizeiro. A técnica também pode colaborar para uma agricultura mais sustentável, com menor uso de produtos químicos e maior rentabilidade para os produtores.

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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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