Resumo da notícia
- A introdução da banana-terra anã em Cáceres trouxe colheitas rápidas, alta resistência a pragas e grande produtividade, beneficiando agricultores familiares do Assentamento Cinturão Verde com técnicas modernas de cultivo.
- A secretária Andreia Fujioka destaca que a integração entre políticas públicas, pesquisa e organização social fortalece a agricultura familiar, garantindo mudas de qualidade, assistência técnica e aumento da renda local.
- Produtores como Círo Cercino Santos investem em plantio adensado e energia solar para aumentar a produção e a sustentabilidade, além de planejar o uso da plasticultura para proteger as plantações e melhorar a qualidade dos frutos.
- A Cooperativa Cooperfami, com cerca de 80 associados, apoia os produtores na comercialização e participação em programas como o PNAE e a Rota da Banana, ampliando o mercado e o escoamento da banana-terra anã na região.
Resumo gerado pela redação.
A introdução da banana-terra anã em Cáceres tem revolucionado a agricultura familiar do município. Com ciclo produtivo mais curto, iniciando colheitas a partir de sete meses, alta resistência a pragas e elevado potencial produtivo, a variedade se adaptou com sucesso às condições locais. Atualmente, produtores do Assentamento Cinturão Verde lideram o cultivo, adotando técnicas modernas para ampliar a produtividade e qualidade da banana-terra anã.
A secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka, destaca que a experiência de Cáceres comprova o impacto positivo da união entre políticas públicas, pesquisa científica e organização social. “O acesso a mudas de qualidade, assistência técnica e infraestrutura aumenta a renda e fortalece a economia local. É assim que a agricultura familiar se torna mais competitiva e sustentável”, afirmou.
Inovação no cultivo e sustentabilidade
Na vanguarda da produção, Círo Cercino Santos, do Sítio Cerro Verde, aplica um sistema de plantio adensado com até 2.800 plantas por hectare. Segundo ele, essa técnica ajuda a manter a umidade do solo e controlar plantas daninhas. Resultando em uma produção que pode chegar a 500 caixas de banana por hectare, superior ao método tradicional.
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Além disso, Círo investiu em energia solar para reduzir custos e aumentar a sustentabilidade da produção. Com planos de implantar plasticultura — técnica que utiliza cobertura plástica para proteger a plantação — ele mira uma maior proteção das plantas, redução de perdas e qualidade constante dos frutos ao longo do ano.
Tecnologia e investimento social na agricultura familiar
Outro produtor que se destaca é Wellington Barbosa de Araújo, do Sítio Três Irmãos, que atua em área arrendada com contrato formal. Com perfuração de poço artesiano e instalação de energia solar, ele realiza melhorias que permanecem na propriedade ao final do contrato, visando fortalecer a produção regional.
Wellington mantém irrigação contínua e parcerias para garantir fornecimento regular. Ao mesmo tempo em que planeja a aquisição de terras próprias para ampliar investimentos e deixar um legado para a família. Ele também enxerga potencial econômico no aproveitamento integral da banana-terra anã, com produção de biomassa, doces, chips e até embalagens ecológicas feitas a partir das fibras e folhas da planta.
Cooperativismo fortalece produtores locais
A Cooperativa Agropecuária de Produtores da Agricultura Familiar (Cooperfami), com cerca de 80 associados, tem papel fundamental nesse processo. Presidida por Jaqueline Rodrigues da Silva, com Nivaldo Policeno de Souza como vice-presidente, a cooperativa participa de iniciativas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Rota da Banana — projeto que acelera o escoamento e amplia os mercados para a banana-terra anã.
“A cooperativa atua para garantir que o produtor tenha mercado para sua produção, abrindo portas e assegurando preço justo,” explicou Jaqueline.
Com essa união de esforços, a banana-terra anã consolida-se como uma importante cultura para o fortalecimento da agricultura familiar em Mato Grosso. Gerando renda e promovendo a sustentabilidade econômica e ambiental no município de Cáceres.
O projeto foi feito graças a uma parceria entre a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o apoio do Governo de Mato Grosso por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT).
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