Resumo da notícia
- A nova safra de café no Paraná deve alcançar 718 mil sacas, com 68% da colheita concluída, representando cerca de 1% da produção nacional.
- Os preços pagos aos produtores caíram cerca de 40% em relação a junho, com a saca cotada em R$ 1.500, mas ainda estão acima dos valores do ano passado.
- O café solúvel surge como alternativa para consumidores diante dos altos preços do café tradicional, com o Paraná liderando as exportações do produto no Brasil.
Resumo gerado pela redação.
A chegada da nova safra de café no Paraná tem resultado em uma queda significativa nos preços pagos aos produtores, refletindo uma tendência de redução dos valores ao consumidor final. Contudo, os preços atuais permanecem elevados se comparados ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a safra paranaense deve alcançar 718 mil sacas (43,1 mil toneladas) produzidas em 25,4 mil hectares, equivalente a cerca de 1% da produção nacional. Até o momento, 68% da área plantada já foi colhida.
O agrônomo Carlos Hugo Godinho destacou que o avanço na colheita levou a uma forte redução dos preços para os cafeicultores neste mês. A cotação média da saca foi estimada em aproximadamente R$ 1.500. Isso é cerca de 40% inferior ao valor de junho, quando os preços ultrapassavam os R$ 2.000.
Apesar da queda, o preço médio do café ainda está significativamente acima dos R$ 16,10 registrados em julho do ano passado, refletindo fatores de mercado e custos produtivos elevados.
Café solúvel desponta como alternativa diante dos altos preços do café tradicional
Para o consumidor que busca alternativas diante do preço elevado do café tradicional, o café solúvel aparece como uma opção com custos reduzidos e ampla disponibilidade no Paraná. O estado abriga um dos maiores parques industriais do segmento e lidera as exportações brasileiras do produto.
No primeiro semestre de 2025, o Paraná exportou 15.240 toneladas de café solúvel. Portanto, gerando receitas de US$ 199,6 milhões, o que equivale a 35% do total brasileiro exportado. Os Estados Unidos seguem como o principal mercado, respondendo por 15% dessas exportações.
Porém, o setor enfrenta desafios externos, como a tarifa adicional de 50% imposta pelo governo Trump. Conforme alertou Godinho, representa uma ameaça significativa ao segmento. A medida pode impactar as fábricas locais e seus fornecedores, afetando não apenas o Paraná, mas também outras regiões produtoras.
Leia mais:
+ Agro em Campo: Pioneiras do café – mulheres transformam a cafeicultura no sul de Minas Gerais
+ Agro em Campo: Preços dos fertilizantes fosfatados disparam e pressionam agricultores