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    Oliveira de Vouves: a árvore de 4.000 anos

    Cientistas desvendam como a oliveira mais antiga do mundo, testemunha da Grécia Antiga, desafia o tempo com estratégias genéticas únicas.
    Henrique RodartePor Henrique Rodarte27/03/2025
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    Foto: Eric Nagle - Wikipedia https://www.reddit.com/r/europe/comments/8dlgei/this_olive_tree_in_crete_is_3000_years_old/, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=68441386
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    Em meio às colinas áridas de Creta, a Oliveira de Vouves se ergue como um monumento vivo da história. Com idade estimada entre 2.000 e 4.000 anos, ela sobreviveu a impérios, guerras e mudanças climáticas, tornando-se um ícone de resistência biológica e cultural. Pesquisadores revelam agora os segredos genéticos por trás de sua longevidade milenar, que inspira estudos sobre adaptação climática e agricultura sustentável.

    A Oliveira de Vouves é considerada uma das mais antigas do planeta. Se confirmada a estimativa superior (4.000 anos), ela seria contemporânea de Alexandre, o Grande e até mesmo do matemático Pitágoras. Seu tronco retorcido, com mais de 12 metros de circunferência, e raízes profundas permitiram que resistisse a secas, incêndios e intervenção humana, continuando a produzir azeitonas até hoje.

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    Arqueólogos gregos relacionam a árvore a mitos antigos, nos quais as oliveiras representavam o sagrado e simbolizavam a paz. “Ela é mais velha que o Partenon de Atenas e um arquivo vivo da evolução humana”, afirma o biólogo Nikos Koutsikos, da Universidade de Creta.

    O segredo da “imortalidade”: mãe-raiz e regeneração clonal

    A chave para a sobrevivência milenar está na reprodução vegetativa, um mecanismo único de regeneração. Mesmo se o tronco for destruído, a rede subterrânea de raízes – chamada de “mãe-raiz” – gera novos brotos geneticamente idênticos. “É como se a árvore ‘reiniciasse’ seu ciclo vital continuamente”, explica Koutsikos.

    Além disso, a Oliveira de Vouves possui:

    • Antioxidantes poderosos: neutralizam danos celulares causados por estresse ambiental.
    • Azeite autoprotetor: suas propriedades antimicrobianas e antifúngicas blindam a árvore contra doenças.
    • Tecidos modulares: partes danificadas são isoladas, evitando a propagação de infecções.

    Pesquisadores estudam essas adaptações para aplicá-las em cultivos modernos, com o objetivo de aumentar a resistência climática e reduzir o uso de pesticidas.

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    Além do azeite: impacto ambiental e econômico

    As oliveiras não são apenas relíquias históricas. No Mediterrâneo, elas sustentam:

    • Biodiversidade: olivais abrigam mais de 200 espécies de aves e insetos.
    • Combate à desertificação: raízes profundas evitam erosão e retêm água no solo.
    • Economia circular: a produção de azeite movimenta € 2,5 bilhões/ano na Grécia, segundo o Ministério da Agricultura grego.

    Chefs globais cobiçam o azeite de oliveiras centenárias na gastronomia. “Cada gota carrega o terroir de milênios de história”, destaca a chef Maria Andonaki, de Creta.

    A Grécia protege a Oliveira de Vouves como Patrimônio Nacional, e o local recebe 50 mil turistas por ano. Enquanto isso, cientistas sequenciaram seu DNA para entender como genes específicos controlam a longevidade. “Essas descobertas podem revolucionar a agricultura em um mundo em aquecimento”, afirma Eleni Papadimitriou, geneticista da UE.

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    Henrique Rodarte
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    Um dos poucos jornalistas tímidos do mundo, evita aparecer pois sabe que a notícia é sempre mais importante. Trabalhando com jornalismo durante mais de vinte anos, em todas as editorias, já viajou o mundo cobrindo o agronegócio (e o entretenimento). Acredito que a sustentabilidade e o agro andam juntos, e que somos um exemplo para o mundo, além de celeiro da humanidade.

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