Com vendas pouco afetadas, empresa nega impactos na produção e diz que segue exportando por meio de unidades no Uruguai e na Argentina
Marfrig diz que tarifa dos EUA não afeta operação no Brasil
Foto: Marfrig

A Marfrig garantiu, nesta quinta-feira (1º), que segue operando normalmente no Brasil. Apesar das novas tarifas dos Estados Unidos, nenhuma linha foi paralisada.

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Segundo a empresa, as vendas para os EUA representaram apenas 0,18% do total global em 2025. Já o volume vindo da América do Sul foi de apenas 1,4%.

Portanto, mesmo com o aumento das tarifas, a companhia não enxerga impacto na receita, na produção ou na rentabilidade.

“Nossas operações continuam funcionando em plena capacidade”, disse a Marfrig, em nota oficial ao mercado. A empresa desmentiu boatos de paralisação em Mato Grosso.

Além disso, a Marfrig reforçou que mantém presença forte nos Estados Unidos. Para isso, utiliza as unidades no Uruguai e na Argentina, além da National Beef, controlada pelo grupo.

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Ao todo, as exportações para o mercado americano somaram 27 mil toneladas em 2025, de acordo com o comunicado.

A reação da empresa veio logo após a confirmação da sobretaxa norte-americana. O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que eleva os impostos a 50% sobre produtos brasileiros.

O número soma uma tarifa de 40% recém-anunciada a uma anterior, de 10%, em vigor desde abril.

Contudo, para a carne bovina brasileira, o impacto é ainda maior. Fora da cota isenta, o produto já pagava 26,4% de imposto.

Com a nova medida, a tarifa total chega a 76,4%, o que torna as exportações praticamente inviáveis, segundo a Abiec.

Mesmo assim, a Marfrig sustenta que sua estratégia de diversificação protege os negócios. O foco em mercados alternativos e produtos com valor agregado também ajuda.

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